A votação em caráter de urgência do Projeto de Lei municipal, que retira mais de mais de 3 mil cobradores do sistema de transportes coletivos de Manaus, está sendo rebatido pelo Sindicato dos Rodoviários e a greve será inevitável se a medida não for revogada.
Para o Sindicato da categoria, a partir da homologação da Lei, os motoristas terão dupla função. Vão dirigir, cobrar e passar troco aos usuários do sistema.
A Lei e a forma como ela foi votada, é duramente criticada pela categoria, que se vê explorada e correndo maior risco no exercício da profissão.
O sistema hoje, tem ao todo 3.500 cobradores. Sendo que apenas 10% devem continuar trabalhando.
Para o presidente da categoria, Givancir de Oliveira, a Lei é genérica, porque ‘abre porteira’ para a retirada de 100% dos cobradores do sistema, sem acrescentar benefícios aos motoristas.
Givancir acredita que aconteceu algum tipo e lobby para que a aprovação fosse rápida e com toda a bancada governista votando a favor da retirada dos cobradores do sistema, sob a orientação do presidente da Câmara, David Reis. Dos 41 vereadores, só 14 foram contra.
No entanto, acrescenta ele, a revolta da categoria e mais o descontentamento dos trabalhadores do sistema de transportes Alternativo e do Executivo, todo os ônibus que servem a capital amazonense devem parar.
“As categorias dos transportes vão se unir para irem à Greve Geral, em todo o sistema de transportes de passageiros urbanos na capital”, anuncia Givancir.
Para o sindicalista só existe uma maneira de não acontecer a Greve Geral, o prefeito David Almeida revogar a decisão do presidente da Câmara e tornar a votação nula.
Coletiva à imprensa
Amanhã (07), Givancir dará uma coletiva à imprensa, na sede do Sindicato dos Rodoviários, para falar sobre as negociações com o secretário dos Transportes, as exigências da categoria e o anúncio de greve.
Passou na Câmara de vereadores de Manaus