Viagem de Bolsonaro à Rússia, foi menos importante do que diz a sua agenda

Presidente fala em 'casamento perfeito' com o russo Putin - foto: recorte

Um assunto em destaque na mídia nacional é o encontro de Jair Bolsonaro com o russo Vladimir Putin em Moscou, que teve alguma repercussão internacional, mas bem menos que a importância dada pela agenda do presidente brasileiro, no Brasil.


O encontro teve pouca cobertura, também na mídia russa, merecendo atenção apenas na imprensa brasileira, portuguesa e argentina.

Tentativa frustrada

A imprensa nacional ridiculariza o líder da extrema-direita brasileiro, que tentou associar a saída de tropas russas da fronteira da Ucrânia à sua visita ao presidente Putin.

A Folha diz que não há nenhuma ligação entre as coisas, e menciona que “presidente fala em ‘casamento perfeito’ com o russo”.

E no Estadão: Bolsonaro insinua falsa relação entre sua viagem a Moscou e retirada de tropas da Ucrânia. O jornal desmente, lembrando que o anúncio russo de que retiraria parte de suas tropas da Ucrânia ocorreu antes da chegada do presidente a Moscou.

Ainda sobre a viagem a Moscou, o Estadão destaca a presença do filho Carlos Bolsonaro na comitiva e a explicação do presidente: ‘Dorme no meu quarto’.

Melhor que ajudante

Bolsonaro afirma que filho é ‘melhor’ que seus ajudantes de ordens. O vereador é responsável pelas redes sociais do pai. Bolsonaro já chegou à Hungria e tem encontro hoje com Viktor Orbán, principal líder de ultradireita na Europa. Orbán acumula polêmicas na Europa por avançar contra liberdades individuais e de imprensa.

Valor noticia que a viagem é mais um item na “lista de desastres”, diz o embaixador Roberto Abdenur. Diplomata diz que visita a Putin terá repercussões negativas, com indisposição de países europeus e dos EUA com o Brasil. “Não era o momento de visita presidencial, no auge de uma crise que poderá ainda resultar em uma guerra, no primeiro grande conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, diz

Jornais também repercutem a nova ofensiva de Bolsonaro contra o STF.

Ele chamou os ministros da Suprema Corte de adolescentes e diz que querem Lula de volta. ‘Mensagem clara que fica é que eles têm partido político’, afirma presidente ao atacar magistrados.

“Nós vemos que exatamente alguns do Supremo, a minoria do Supremo, é que age na contramão da nossa Constituição. E ali a mensagem clara que fica é que eles têm partido político. Não querem o Bolsonaro lá e querem o outro, que esteve há pouco tempo no xadrez, no xilindró”, disse à Jovem Pan.

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