O 1º Workshop de Pesquisas sobre Envelhecimento e Longevidade no Amazonas, promovido pela Universidade Aberta da Terceira Idade UnaTI/UEA, foi aberto ontem (06), e será encerrado hoje, sexta-feira (07), com uma extensa programação de palestras, reunindo diversos pesquisadores, incluindo a Universidade Aberta da Terceira Idade do Rio de Janeiro, (UnATI/UERJ), a Universidades do Porto em Portugal e Leon da Espanha, e de Tóquio.
Sediado no Auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o evento tem como coordenador o médico e professor da UnaTI, Euler Ribeiro, reconhecido internacionalmente por pesquisas sobre longevidade. Euler abriu os trabalhos palestrando sobre o contexto das pesquisas gerontológicas no Brasil e no Amazonas. Apontando que em 2007, o IBGE publicou que no município de Maués, 1% da população estava acima de 90 anos, enquanto que ao redor do mundo, este índice de pessoas na mesma faixa etária, era de 0,5% (meio por cento). O que levou a concluir que, em Maués as pessoas estavam vivendo mais do que no restante do mundo.
“Por conta disso, a UnATI/UEA, setor agregado a reitoria, começou a desenvolver uma pesquisa para saber o porquê estas pessoas no interior do Amazonas, utilizando-se apenas da floresta e do rio, estariam vivendo mais que outras. A partir daí, estudamos a genética, o comportamento da relações humanas, o sono reparador, os exercícios e a dieta dessas pessoas, concluindo que tudo isso tem acontecido por dois grandes fatores . O meio ambiente de um lado e do outro os exercícios e dieta amazônica baseada em farinha de mandioca, peixes e frutos da floresta” relatou.
Palestrando sobre o Fomento a Pesquisas Científicas na Região Amazônica, a Diretora Técnica-Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Andrea Waichman, resumiu que os investimentos nas áreas de pesquisa na Amazônia são muitos. “Especificamente na área de gerontologia e longevidade, sobretudo, pesquisas de estudos feitas pela (UnATI/UEA), pelo médico Euler Ribeiro em parceria com outras universidades nacionais e internacionais, investimos em quatro anos, R$ 350 mil, além do apoio com passagens aéreas e realizações de eventos, acreditando que estas pesquisas são fundamentais para o desenvolvimento social do nosso Estado”, enfatizou.