
Quando um sindicato é atuante, tem trabalho consolidado junto à sua categoria e ao setor empregador, com propostas concretas que atendem ambas as partes, o resultado sempre será de respeito e de reconhecimento à entidade sindical que representa a classe trabalhadora.
É o que está acontecendo com o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), que vem recebendo ‘elogios de representantes de Recursos Humanos (RHs) de indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) e, de diretores das fábricas do Distrito Industrial do Amazonas, especialmente no que diz respeito à Convenção Coletivas de Trabalho da América latina.
Bilhões de Reais todo ano
Contudo, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana, por mais que o Polo Industrial de Manaus (PIM) fature algo em torno de R$ 250 bilhões por ano, ainda assim, falta ajustar os salários do Amazonas na mesma proporção dos trabalhadores, que tem a mesma função, nas indústrias do Sul do País.
“A nossa categoria tem assistência médica extensivo à família, tem serviço odontológico, creche até 7 anos de idade, plano de saúde, transporte exclusivo, alimentação e várias benefícios sociais, mas, infelizmente, por mais que o Sindicato dos Metalúrgicos seja atuante, ainda assim, recebe em torno de 25% a 30% menos que os trabalhadores da mesma empresa de São Paulo”, destacou.

Postos de trabalho
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência, em janeiro de 2023, o Polo Industrial de Manaus (PIM) tinha pouco mais de 97 empregos diretos. Hoje o setor industrial do Estado tem algo em torno de 126 mil empregos diretos, temporários ou terceirizados.
“Quase que o governo anterior acabou com as indústrias no Amazonas. Já o governo atual garantiu o Polo Industrial de Manaus até 2073, para também garantir a floresta amazônica em pé. Ao contrário do Centro Sul, que destruiu as suas florestas e agora querem instalar Zonas Francas e Indústrias com o mesmo modelo de incentivos fiscais das indústrias de Manaus”, apontou.
Lutas por salários
Para o presidente do Sindmetal, Valdemir Santana, os avanços conquistados no campo político pelo presidente Lula, é mais um motivo para a continuidade da luta por melhores salários e benefícios aos mais de 126 mil trabalhadores das fábricas no Amazonas. Além disso, o Sindicato mantém um de clube privativo para mais de 600 pessoas, incluindo hospedagem em um moderno hotel de selva.
“Sempre respeitamos a opinião e a posição do empregador, mas, também, exigimos elevar os ganhos e benefícios dos trabalhadores do Amazonas na mesma medida dos bilhões de lucros das indústrias no PIM e dos trabalhadores dos estados do Sul do Brasil”, completou Santana.
Luta nas campanhas salariais
De acordo com o presidente dos Metalúrgicos, por diversas vezes, eles entraram em campanhas salariais e saíram com ganhos reais, mas acreditando que poderiam ser maiores e proporcional aos ganhos bilionários das indústrias no Estado.
“Conseguimos melhorar a segurança no trabalho, aumentamos o número de vagas nas creches, melhoramos as condições de transportes aos trabalhadores, assistência médica, conseguimos alimentação adequada e de boa qualidade, salários acima da inflação, plano de saúde compatíveis com as necessidade do trabalhador e da sua família e, outras conquistas inseridas nas Convenções Coletivas de Trabalho do Sindmetal”, acrescentou acreditando que esses ganhos poderiam ser bem maiores se as indústrias não fossem tão gananciosas e os políticos mais participativos na defesa dos trabalhadores.
As conquistas são o resultado das negociações salariais e das intensas mobilizações do Sindicato dos Metalúrgicos, inclusive fazendo greves, para assegurar os direitos da categoria. “Mas quando existe esforço conjunto para promover o diálogo respeitoso, até os representantes de RHs reconhecem a atuação do Sindicato”, finaliza Valdemir Santana.