Aplicativos em ônibus do Distrito Industrial é zona de perigo para trabalhadores e passageiros

Aplicativos dos ônibus: o prejudicado é o trabalhador, diz sindicato - foto: recorte/divulgação

Na próxima semana, o Sindicato dos Transportes Especial (Sindespecial), estará realizando uma assembléia com os trabalhadores da categoria, para discutir a nova e perigosa entrada de ‘ônibus por aplicativos’ que estão sendo colocados nas rotas dos transportes de trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM), sem nenhum critério.


Os aplicativos estão convencendo empresas de ônibus a negociarem direto com as indústrias, tendo como atrativo 20% de redução nos custos das rotas.

Os baixos preços oferecidos pelos aplicativos, no entanto, podem causar prejuízos aos trabalhadores, às empresas de ônibus, que vão desde os riscos de acidentes no trânsito, doenças repetitivas dos motoristas, excesso de horas trabalhadas, aumento dos assaltos, precarização inevitável do sistema de transportes.

A preocupação do presidente do Sindespecial, William Enock, em relação aos aplicativos nos transportes de trabalhadores do PIM, passa pelo risco de sucateamento da frota, novo chamariz para assaltantes e a saúde dos trabalhadores do sistema.

Fábricas apressadas

Fábricas, como a P&G da Amazônia, LG e mais umas três, insistem na precarização do sistema, ao se apressarem na contratação deste serviço sem antes conversar com o Sindicato. “Nós vamos parar estas fábricas, se elas não recuarem da decisão”, avisa Enock.

O presidente do Sindespecial está preocupado é com a vida dos trabalhadores. As fábricas estão dando celulares para os motoristas trabalharem que custam R$ 3 Mil/cada, um atrativo para dos ladrões. A outra questão é que eles tem que operar o sistema do aplicativo e dirigir ao mesmo tempo, sem ganhar nada para isso. Não tem uma compensação.

Normatização do sistema

O sindicalista disse que pode até aceitar os aplicativos, mas, antes, “o novo sistema tem que ter regras estabelecidas, compromisso com a segurança, obedecer Leis Trabalhistas, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), horário de trabalho definido pela Lei, compromisso das empresas com a vida dos trabalhadores transportados, não à dupla função”, são alguns dos pontos exigidos pelo presidente William Enock.

Assembléia

A data da assembleia dos trabalhadores do Sindespecial será marcada na próxima semana. Antes, porém, o Sindespecial já enviou aviso às empresas, dizendo que elas podem ter suas atividades paradas por falta de transportes se não seguirem os avisos dados pelos diretores do Sindicato.

“Tem empresa querendo se antecipar, contratando ônibus de aplicativos sem nenhum critério de segurança e compromisso trabalhista e nós não vamos aceitar isso”, alertou.

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