Ataque na Tunísia reforçará discussões sobre terrorismo no Fórum Mundial

Ataque não interferiria no Fórum/Foto: AgBr
Ataque não interferiria no Fórum/Foto: AgBr
Ataque não interferiria no Fórum/Foto: AgBr

O atentado praticado na manhã de hoje (18) no Museu do Bardo, em Túnis, que matou 22 pessoas, vai reforçar as discussões sobre terrorismo e fundamentalismo religioso no Fórum Social Mundial (FSM) que ocorrerá na Universidade El Manar, na capital tunisiana, entre os dias 24 e 28 deste mês. Em comunicado, a comissão organizadora do fórum informou que todas as atividades estão mantidas.
Entre os mortos no atentado, estão 20 turistas estrangeiros, um civil e um policial tunisianos, além dos dois homens armados que fizeram o ataque. De acordo com o Ministério do Interior, há 42 feridos. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado.


“Mais que nunca, a ampla participação no FSM 2015 será a resposta apropriada de todas as forças de paz e de democracia que militam no seio do movimento antiglobalização por um mundo melhor, com justiça, liberdade e coexistência pacífica”, diz a nota do coordenador do comitê organizador do fórum, Abderrahmane Hedhili.

Segundo ele, com esse ataque, os grupos terroristas têm por objetivo desestabilizar a transição democrática na Tunísia e na região, assim como de criar um clima de medo entre os cidadãos que desejam a liberdade e a participação pacífica na construção democrática. “O movimento civil na Tunísia conta, mais que nunca, com apoio da forças democráticas do mundo inteiro para se opor à violência e ao terrorismo”, destacou Hedhili.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e coordenador da ONG Vida Brasil, Damien Hazard, que é membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, disse que o governo tunisiano vai reforçar a segurança no local do evento, nos hotéis, bares e restaurantes. Haverá também orientação aos participantes do FSM de que lugares se deve evitar. Segundo a organização, são esperadas cerca de 60 mil pessoas para o fórum.

“A melhor resposta contra a intolerância, o extremismo e o fundamentalismo religioso é ir a Túnis para unir forças contra esses grupos antidemocráticos”, disse Hazard.

A Tunísia foi o primeiro país da chamada Primavera Árabe e conseguiu estabelecer um governo democrático.(Agência Brasil)

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