O avião ATR 72-500 da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP) na sexta-feira (9), atravessou uma zona crítica de formação de gelo por cerca de dez minutos antes da queda, conforme análise do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Ufal.
Antes de chegar a essa região, a aeronave enfrentou ventos fortes e variações de temperatura, o que pode ter contribuído para as dificuldades no voo. Umidade, frio extremo, um ciclone extratropical e fumaça de queimadas agravaram as condições, possivelmente influenciando o acidente.
A formação de gelo nas asas é considerada a principal hipótese preliminar, dado que o modelo ATR 72-500 opera em altitudes propensas a essa ocorrência. O acúmulo de gelo pode ter alterado a aerodinâmica, levando à desaceleração da aeronave, coincidindo com os momentos de redução brusca de velocidade observados em dados do FlightAware.
O Cenipa concluiu a primeira etapa da investigação e extraiu os dados das caixas-pretas, confirmando a ausência de comunicação entre o piloto e a torre de controle. O relatório preliminar do caso deve ser divulgado em 30 dias.
Fonte: Folha de S. Paulo