Biodiversidade e biotecnologia definem novo marco de desenvolvimento no AM

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Dois grandes eventos realizados na última semana, envolvendo órgãos públicos, pesquisadores, cientistas e setores da sociedade civil, colocaram no centro dos debates as políticas públicas para a viabilização de um projeto estratégico do Governo do Amazonas: o uso dos vastos recursos da biodiversidade da região para a abertura de novas frentes de negócios em setores como fitofármacos, fitoterápicos e biocosméticos, entre outros, que possibilitem o aumento da oferta de empregos e renda para a população, em total alinhamento com a expertise do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Na última segunda (04) e terça-feira (05/11), foi realizada a 1ª Oficina de Planejamento Estratégico do Polo Manaus Amazônia da Rota da Biodiversidade, na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Regional, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).


O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Jório Veiga, representou o governador Wilson Lima no evento, que debateu o desenvolvimento regional e a inclusão produtiva por meio de estruturação da cadeia produtiva da biodiversidade.

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A secretária executiva de Ciência de Tecnologia da Sedecti, Tatiana Schor, apresentou o projeto Biópolis, proposta inovadora de aproveitamento dos recursos da biodiversidade do Amazonas para a geração de riqueza, definido como projeto estruturante do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023. Segundo Schor, o programa tem um grande desafio: incorporar à atual matriz econômica (Polo Industrial de Manaus) o desenvolvimento socioeconômico sustentável.

“O Biópolis é um conjunto de políticas públicas que tem no conhecimento da natureza a sua matriz de desenvolvimento econômico”, detalhou a secretária. É preciso transformar esse lastro, acrescentou Schor, em promoção do desenvolvimento sobretudo em regiões remotas do estado.

Nesta quarta (06) e sexta-feira (08/11), foi realizado o 1º Congresso de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia, no Centro de Convenções Vasco Vasques, reunindo 68 instituições de Ciência e Tecnologia. O evento teve como propósito somar esforços e abrir oportunidade de interação entre a academia e os setores empresarial e governamental, segundo o coordenador do Polo Amazonas do Programa de Pós-Graduação da Rede (PPG-Bionorte), Jair Furtunato Maia.

Na próxima terça (12) e quarta-feira (13/11), no auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) acontece o 1º Encontro de Bioeconomia e Sociobioeconomia na Amazônia, que está sendo promovido pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio da GIZ/Projetos Mercados Verdes e Consumo Sustentável, da UEA e do World Wildlife Fund (WWF) e organizada pela GreenRio, visa fortalecer o diálogo e interação de iniciativas no setor.

Novo marco – Segundo o secretário Jório Veiga, todas as propostas e alternativas para o setor de desenvolvimento sustentável estão sendo trabalhadas em consonância com a tarefa de fortalecer cada vez mais o Polo Industrial local.

“O grande diferencial do Amazonas é justamente poder contar com recursos da biodiversidade que não existem em nenhum outro lugar do mundo”, observou o secretário. “Queremos criar uma conexão o Polo Industrial de Manaus, com experiência acumulada de décadas, com as frente de negócios que vão ser abertas com a exploração sustentável dessa imensurável riqueza ofertada pela natureza”.

A articulação entre os diversos setores da sociedade apontam para uma convergência que será estratégica para estruturar um modelo de desenvolvimento sustentável que venha a combinar tecnologia, modelos de negócios inovadores, linhas de financiamento e investimento, que permita agregar valor à biodiversidade da região para estimular uma nova era de desenvolvimento, detalhou Jório Veiga.

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