Brasil estreia na Copa América contra o Equador, sob trauma dos 7 a 1

Renato Augusto, destaque da Seleção Brasileira/Foto: Mowa Press

A seleção brasileira estreia na Copa América Centenário hoje, sábado (04), às 23h00 (de Brasília), enfrentando o Equador, no Estádio Rose Bowl, em Pasadena, nos Estados Unidos, mesmo palco em que o país faturou o tetracampeonato mundial.


O confronto será válido pelo grupo A, integrado também por Peru e Haiti, que duelam no mesmo dia. Octacampeão continental, o Brasil chega para o torneio muito pressionado pelo fantasma do massacrante 7 a 1 sofrido para a Alemanha, em 2014.

Mas não é só aquele resultado que vem apavorando os brasileiros. O histórico de Dunga tem colaborado para o momento de instabilidade. Com ele, o Brasil foi eliminado nas quartas de final da edição passada, nos pênaltis, diante do Paraguai. Além disso, os canarinhos estão em má situação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, aparecendo na sexta posição, fora da zona de classificação. Para piorar, o Equador vem embalado e ocupa a vice-liderança da qualificação para o Mundial.

Se não bastasse o mau momento, a seleção brasileira chega sem Neymar, a sua principal estrela, que não foi convocado por um acordo entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Barcelona, que vai permitir ao craque disputar os Jogos Olímpicos de agosto, no Rio de Janeiro.

No entanto, ele não é o único desfalque. O volante Luiz Gustavo pediu dispensa alegando problemas particulares, enquanto que o goleiro Ederson, os laterais Rafinha e Douglas Costa, o meia Kaká e os atacantes Douglas Costa e Ricardo Oliveira foram cortados por conta de lesão.

Apesar de toda essa realidade, o técnico Dunga tenta se manter otimista.

“A seleção brasileira sempre entra em uma competição pensando em conquistar o título e na Copa América isso não é diferente. Tivemos muitos problemas, mas estamos trabalhando muito para superá-los, o que é o primeiro passo para se atingir os objetivos. Nosso foco neste momento é o jogo contra o Equador”, apontou o treinador, campeão da Copa América no comando da seleção em 2007.

Já o goleiro Alisson ressaltou a importância de uma vitória diante dos equatorianos, sabendo das consequências de uma eventual derrota.

“Sabemos que a vitória na estreia pode passar muita confiança para a sequência do trabalho, enquanto que um tropeço vai jogar ainda mais pressão nas nossas costas. Portanto, vamos manter o equilíbrio em campo para atingirmos esse objetivo, pois o Equador tem um grande time”, avaliou o arqueiro, que defenderá a Roma na próxima temporada.

Em termos de escalação, o Brasil curiosamente não vai ter nenhum jogador que participou da fatídica semifinal da Copa do Mundo contra a Alemanha. As principais apostam recaem no trio de armadores composto por Renato Augusto, Philippe Coutinho e Willian. Além dos três, quem também chega com credenciais é o artilheiro Jonas, que teve um grande desempenho pelo Benfica na temporada.

Pelo lado do Equador, o técnico Gustavo Quinteros acredita que sua equipe tem todo o direito de sonhar com uma estreia vitoriosa.

“Sabemos que enfrentar a seleção brasileira nunca é fácil, mas nos credenciamos a conquistar um bom resultado pelo bom trabalho que estamos realizando nas Eliminatórias”, analisou o treinador argentino.

Os principais destaques do selecionado equatoriano são o meia Enner Valencia, do West Ham, da Inglaterra, e o atacante Miller Bolaños, do Grêmio. Outro conhecido dos brasileiros é o zagueiro Frickson Erazo, atualmente no Atlético-MG.

FICHA TÉCNICA:
BRASIL X EQUADOR

Local: Estádio Rose Bowl, em Pasadena, nos Estados Unidos
Data: 4 de junho de 2016, sábado
Horário: 23h00 (de Brasília)
Árbitro: Julio Bascuñán (Chile)
Assistentes: Carlos Astroza e Christian Schiemann, ambos do Chile

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Gil, Miranda e Filipe Luís; Casemiro, Elias, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Willian; Jonas. Técnico: Dunga

EQUADOR: Alexander Domínguez; Juan Carlos Paredes, Gabriel Achilier, Frikson Erazo e Walter Ayoví; Christian Ramírez, Ángel Mena, Cristhian Noboa, Jefferson Montero e Enner Valencia; Miller Bolaños. Técnico: Gustavo Quinteros. (UOL/ESPN)

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