Com o ‘espião’ de Felipão em Pituaçu, Croácia bate Austrália em amistoso

Jelavic faz o único gol do jogo, pela Croácia/Foto: Getty Images
Jelavic faz o único gol do jogo, pela Croácia/Foto: Getty Images
Jelavic(9) faz o único gol do jogo, pela Croácia/Foto: Getty Images

Olho nela! Adversária da estreia do Brasil na Copa do Mundo, a Croácia foi o foco da atenção brasileira na noite de ontem (06), com o técnico da seleção sub-21, campeã do Torneio de Toulon no iníco do mês, e auxiliar de Felipão, Alexandre Gallo fazendo às vezes de espião indo até Pituaçu acompanhar o primeiro teste do rival no país e o último antes do Mundial.

Mas, não deve ter tido muita coisa para anotar na magra vitória por 1 a 0 dos europeus sobre a Austrália, com gol de Jelavic. A não ser as lesões de Pranjic e Mandzukic de uma equipe que poupou jogadores num duelo muito fraco tecnicamente, mas com direito ao contraste de vaias e gritos de “olé” do povo baiano.


Os dois lesionados torceram o tornozelo esquerdo e preocupam. Pranjic foi o único lateral-esquerdo convocado entre os 23 e inspira maiores cuidados por ter acabado se se recuperar de uma contusão. Já Mandzukic, um dos principais nomes do time, terá um tempo maior para se recuperar, pois ele está fora da estreia do Mundial para cumprir suspensão da Fifa. Mais problemas para quem já teve três atletas cortados da lista inicial de 30.

Apesar do resultado inexpressivo, a Croácia chegará para a Copa com moral de estar há cinco jogos invicta. Além da Austrália, venceu Mali e Islândia e empatou com Suíça e a própria Islândia no primeiro duelo entre as equipes na reta final das eliminatórias. Por sua vez, os Socceroos, que derrotaram o Paraná Clube em jogo-treino, seguem sem vencer jogos oficiais em 2014: perdeu o amistoso com o Equador e empate com a África do Sul.

Para a Croácia, o Mundial começa na próxima quinta-feira contra o Brasil, às 17h (de Brasília) na Arena Corinthians, pela estreia do torneio. Já os australianos, no dia seguinte, terão como primeiro adversário o Chile, às 19h na Arena Pantanal.

Chance única, vaia e lesão

Foram necessários 20 minutos para surgir a primeira e única chance de gol de um primeiro tempo para lá de sonolento em Pituaçu. E a oportunidade nem foi lá essas coisas. Brasileiro naturalizado croata, Eduardo da Silva completou de primeira na área, mas sem muita força, e Ryan foi buscar no cantinho. Com um time bastante modificado – sete titulares no último amistoso não jogaram -, o rival do Brasil na primeira fase do Mundial demonstrou muita deficiência na criação.

O meia Perisic, que marcou os dois gols da vitória sobre Mali, desta vez ficou devendo. E o ataque sem Mandzukic pouco apareceu. Já a Austrália, apesar de estar há mais tempo no país, não teve vantagem física sobre os europeus. Muito recuada, a seleção só chegou uma vez ao gol de Pletikosa num lance invalidado por impedimento. Pouco para quem foi ao estádio, e a insatisfação ficou clara com algumas vaias.

O jogo arrastado talvez se explique pelo calor em Salvador, ou pela prudência para evitar lesões em época de bruxa solta às vésperas da Copa do Mundo. Precaução que não adiantou muito para a Croácia quando Pranjic se machucou sozinho. Ele fez um cruzamento e virou feio o pé esquerdo ao pisar no campo – e olha que o gramado de Pituaçu, geralmente alto, foi cortado baixo por exigência da Fifa. Com muitas dores, ele foi substituído por Vrsaljko e pode deixar sua seleção sem o único lateral-esquerdo convocado.

Gol duvidoso e nova lesão

As duas equipes voltaram com a mesma formação, mas a Croácia retornou diferente. Com mais vontade, os europeus chamaram a responsabilidade que carregava seu favoritismo. Antes dos 15 minutos, criou mais que os 45 do primeiro tempo. Srna sobrou falta rente ao travessão, e pouco depois Jelavić abriu o placar após boa jogada de Modric. O destaque do Real Madrid avançou até a entrada da área, dividiu com o zagueiro, que jogou a bola para trás e caiu nos pés do livre atacante só deslocar o goleiro.

Mais animador que o gol para o público presente foi a entrada de Sammir, baiano e também naturalizado croata. Ele substituiu o próprio Modric num pacote de alterações promovidas pelo técnico Niko Kovac. As vaias da etapa inicial se transformaram até em gritos de “olé” nada dignos do espetáculo em campo. Halloran, camisa 10 da Austrália, comprova isso. Sozinho na linha de fundo, errou o domínio, dançou sobre a bola e sem querer tocou para fora, num lance bizarro.

E o domínio da Croácia nem era tanto assim. Nas bolas aéreas, os australianos chegaram a assustar, como no levantamento de Oar que passou por todo mundo e parou na trave de Pletikosa. Olic deu um novo gás aos croatas no fim, mas nada que mudasse o placar do jogo. Quando já se contentavam com a apertada vitória, os europeus levaram mais um susto, desta vez com um de seus principais nomes: Mandzukic. O atacante que entrou na etapa final torceu o tornozelo esquerdo e deixou a partida com dores. E o último teste terminou com mais problemas antes da Copa.(G1)

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