O furacão Laura atingiu a costa da Louisiana, nos Estados Unidos, na madrugada desta quinta-feira (27), e causou danos e inundações antes de perder força. De acordo com meteorologistas, este é um dos fenômenos climáticos mais poderosos que já atingiram o estado.
Segundo o Serviço Meteorológico Nacional, Laura pode formar uma enorme parede de água com cerca de 65 km de extensão e altura equivalente a um prédio de dois andares. As ondas formadas pelo furacão podem avançar até 50 km continente adentro e o nível das águas pode subir entre 4,5 e 6 metros acima do normal.
“Extremamente perigoso, o furacão de categoria 4 Laura tocou o solo perto de Cameron, na Louisiana”, afirmou o Centro Nacional de Furacões (NHC) em um boletim publicado nesta quinta-feira.
Os registros do NHC indicam que Laura atingiu o continente por volta de 1h (3h, no horário de Brasília) causando “tempestade catastrófica, ventos extremos e inundações repentinas” em várias regiões do estado. Os ventos chegaram a 240 km/h.
Três horas depois, o furacão foi rebaixado para a categoria 3, com seu núcleo a cerca de 50 km ao norte-noroeste de Lake Charles, na Louisiana. A velocidade dos ventos caiu para 195 km/h, mas eles ainda foram fortes o suficiente para estourar as janelas do Capital One Tower, o segundo maior edifício da cidade.
Quando chegam ao continente, os furacões, naturalmente, tendem a perder força, porque a sua principal fonte de energia é a água dos oceanos. Em terra firme —mais fria e seca—, eles perdem essa fonte e se dissipam gradualmente. Mais tarde, Laura continuou enfraquecendo e chegou à categoria 2, com ventos estimados em até 168 km/h, mas ainda oferece riscos graves, segundo os meteorologistas.
“O centro do Laura vai continuar a se mover para o interior cruzando o sudoeste da Louisiana durante as próximas horas”, alertou o NHC. “BUSQUE PROTEÇÃO AGORA!”
Apesar do risco iminente, muitas pessoas escolheram ficar em casa, contrariando as ordens de evacuação obrigatória na Louisiana e no Texas que abrangem cerca de 620 mil moradores dos dois estados.
Autoridades locais reforçaram as recomendações dizendo que levaria horas até que pudessem sair para iniciar as missões de busca e resgate. O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu aos moradores das áreas afetadas que seguissem as orientações.
Fonte: Folha