Comercialização do Pirarucu da Amazônia injeta recursos em Maraã

Pescadores recebem o produto da venda do pescado/Foto: Arquivo

Pescadores recebem o produto da venda do pescado/Foto: Arquivo


A Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), injetou na economia do município de Maraã R$ 1,023 milhão, valor que foi repassado aos 600 pescadores do município que possuem autorização para a pesca do pirarucu.

Toda a produção do pescado foi comercializada pelos pescadores à Fábrica de Bacalhau da Amazônia, localizada no município. A despesca do pirarucu ocorreu em dezembro do ano passado nos lagos.

A safra recorde de pescado manejado adquirido pelo Governo do Estado saltou de 2,8 mil toneladas em 2012/2013, para 6 mil toneladas, safra 2013/2014.

O pagamento foi realizado pela secretária Executiva da Sepror, Sônia Alfaia, que esteve no município para fazer o repasse aos pescadores. Junto com ela, em cerimônia oficial, esteve também o prefeito de Maraã, Cícero Lopes da Silva, vice-prefeito Luiz Magno, o presidente da Colônia de Pescadores Z-32, Raimundo Torres, o secretário de Produção Municipal, Hugo Moraes, o engenheiro de pesca da Sepror e presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Amazonas, Renilton Solarth e a coordenadora do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Michela Perdigão.

Segundo Sônia, a safra recorde do pescado adquirido pela Sepror mostra que o projeto tem dado certo. “O Programa de Agroindústria da Sepror constitui-se num dos principais programas da Secretaria no qual está incluso o Bacalhau da Amazônia. O objetivo do programa é verticalizar a produção e agregar valor aos nossos produtos regionais.

Essas duas agroindústrias de pescados, implantadas nos municípios de Maraã e Fonte Boa, foram criadas para processar o pirarucu das áreas de manejo desses municípios, usando a mesma tecnologia de processamento do bacalhau europeu. O Bacalhau da Amazônia trata-se, portanto, de um produto inovador, de alta qualidade, que gera emprego e renda para a população local e mantém a floresta em pé”, ressalta.

O engenheiro de pesca da Sepror, Renilton Solarth, destaca que a Fábrica de Bacalhau da Amazônia, depois de três anos após a inauguração, está consolidada e operando de modo sustentável. “Podemos afirmar que o projeto criado pela Sepror, é um sucesso, pois fecha toda a cadeia produtiva do manejo do pirarucu, levando renda aos pescadores da região”, detalhou.

De acordo com Renilton, hoje, em Maraã e na região, existem cinco instituições de pescadores com mais de mil trabalhadores cadastrados. “Com isso podemos destacar que mais de mil famílias são beneficiadas com recursos do Estado para manejar o pirarucu”, ressalta.

Cresce número de beneficiados – Diretamente, nesta safra, 600 pescadores passaram a receber pela cota da Sepror, um crescimento no número de colaboradores de 20%. O resultado é que, na safra 2013/2014, foram pescados 3 mil unidades, correspondendo a 180 toneladas.

O volume de recurso injetado pelo Estado comprova esse crescimento solidificado. No primeiro ano do projeto, em 2012, foi pago aos pescadores um total de R$ 600 mil, no ano seguinte, R$ 800 mil e este ano pouco mais de R$ 1,023 mi.

“Isso reforça que o Amazonas tem potencial para gerir e fomentar a agroindústria de pescado. Reforça nossas convicções e investimentos futuros”, afirma a secretária executiva da Sepror, Sônia Alfaia.

PAA – Através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Doação Simultânea, outra ação da Sepror foi realizada, em Maraã. O programa adquiriu de 39 pescadores um total de 2,7 mil quilos de pescado, que rendeu aos trabalhadores R$ 67,5 mil.

De acordo com Sônia, todo o pirarucu adquirido foi doado às entidades socioassistenciais, em Maraã. Os beneficiados foram: Programa da 3ª Idade, Pró-Jovem, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

Cadeia – O Amazonas, através da Sepror, tem um manejo do pirarucu inovador no que se refere à cadeia produtiva. Com o pirarucu nativo, se desenvolveu tecnologia de reprodução para a sustentabilidade da espécie, em seguida, tecnologia de captura, que antes era feito de arpão. Há três anos, se instalou na região do manejo a agroindústria que processa o pescado e, por fim, há mercado consumidor.

Segundo Renilton, o produto é comercializado ao Governo do Estado e redes de supermercado. E, em breve, o Bacalhau da Amazônia será comercializado em outros Estados e fora do País.


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