Dono do Coco Bambu forçava sócios a doar de R$ 3 a 6 Mil para campanha de Bolsonaro

Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu) e Jair Bolsonaro - foto: recuperada/montagem

Afrânio Barreira Filho também constrangeu sócios-trabalhadores a comprar lotes do vinho “Bolsonaro – Il mito”.


Mensagens obtidas no celular apreendido de Afrânio Barreira Filho, o dono do Coco Bambu, pela Polícia Federal nesta terça-feira (23), revelam que, por meio de seu grupo de “gestão” da rede de restaurantes, o empresário bolsonarista forçava seus 164 sócios nas 64 unidades a financiarem a campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, com doações de R$ 3 mil a R$ 6 mil.

A informação é do jornalista Luís Costa Pinto, no portal Plataforma Brasília.

Barreira Filho exigia o envio, no grupo de gestão do Coco Bambu, dos comprovantes das doações à tesouraria do PL, alegando que puniria, na distribuição de lucros futura, os sócios que não contribuíssem. Quando confrontado por manifestações de parceiros que se opunham à contribuição compulsória, o bolsonarista respondia com emojis de ‘arminhas’.

O empresário é dono de 70% de todas as unidades do Coco Bambu, sendo as 30% restantes pertencentes a composições acionárias que ele monta com sócios-trabalhadores – por isso seu poder de influência na rede. Dos 164 sócios, apenas duas mulheres estão no grupo de gestão.

Vinho Bolsonaro “Il Mito – foto: reprodução

Além de coagir os sócios a financiarem a campanha de Bolsonaro, Barreira Filho também exigiu que comprassem lotes do vinho “Bolsonaro – Il Mito”, que ele mesmo mandou preparar em vinícola chilena no ano de 2019. Seu preço de cardápio seria estimado entre R$ 110 e 130, no entanto, o empresário determinou que poderiam ser vendidos a valores abaixo de R$ 100 – ou seja, dando prejuízo – apenas para que pudesse expor o nome de Jair sobre as mesas dos clientes.

Com a deflagração da operação da Polícia Federal contra Barreira Filho e outros empresários bolsonaristas que apoiavam golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições, os sócios minoritários agora conversam entre si em grupos paralelos buscando se proteger das investigações.

Alguns foram arrastados aos inquéritos contra a própria vontade – e até mesmo tendo opiniões políticas contrárias às de Barreira Filho, segundo o jornalista.

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