O Amazonas está preparado para sair da maior crise de falta de investimento em novas matrizes econômicas, programas sociais, mas, principalmente, sair do desemprego que esvaziou o Polo Industrial de Manaus (PIM) e deixou o comércio e indústria quase em estado terminal, no Estado.
A constatação é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, que na última semana tem feito um balanço dos prejuízos deixados pelo governo recém derrotado nas urnas. “Foram mais de 11.500 empregos diretos perdidos nas indústrias do Amazonas na atual presidência”, destaca.
Fechamento de Indústrias
Valdemir Santana também é presidente da Central Única dos Trabalhadores CUT-AM e presidente municipal do Partidos dos Trabalhadores-Manaus. De posse de dados concretos, ele informou que durante o governo Bolsonaro foram fechadas 22 empresas com milhares de empregos perdidos de março de 2018 até a atualidade, no Amazonas.
“O saldo das medidas desastradas foi extremamente negativo para o Amazonas, tanto no tocante ao emprego, quanto para a economia do Estado em si. Nós perdemos R$ 8 bilhões, com a Superintendência da Suframa inoperante, sem estabelecer regras claras, sem comunicação com os ministérios em Brasília e, nem com o Governo do Estado”, destacou.
Indústria do Amazonas com Lula
Nos governos Lula e da presidente Dilma Rousseff, as indústrias do Amazonas tinham em média de 140 a 160 mil empregos diretos, vivia o auge econômico e gerava algo em torno de 500 mil empregos indiretos.
A saúde da economia do Estado, no entanto, começou a declinar com as ‘pautas bombas’ promovidas por parlamentares golpistas no Congresso Nacional de 2016/2017 e quase chegou à UTI no governo do Jair Bolsonaro, quando ele decretou redução dos Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e quando quase degolou as indústrias de concentrados com suas medidas revanchistas.
Os PPBs
O governo Lula deve restabelecer a sua relação de desenvolvimento com o Amazonas e priorizar a volta dos postos de trabalho, o incentivo às industrias para elas apresentarem o PPB (Processo Produtivo Básico), com pronta efetivação da industrialização de novos produtos, geração de novos empregos e injeção de recursos na economia do Estado.
O PPB funciona como uma espécie de contrato entre a indústria, estabelecida na ZFM, e o Poder Público e, ambos se beneficiam.
Esse modelo, segundo Valdemir Santana, foi muito atacado nos últimos quatro anos, mas que a perspectiva e de recuperação. “Certamente teremos grandes avanços nesta área. O governo de Lula não é só uma promessa para o Amazonas, ele é a realidade de crescimento econômico que tanto lutamos para acontecer”, complementa o sindicalista.
Jornada de Trabalho
Valdemir destaca que o importante para o Amazonas é a abertura de novas indústrias, a geração de postos de trabalho, a redução da jornada diária de trabalho para se ter mais empregos. Para isso, no entanto, precisa dos parlamentares para defender a proposta no Congresso.
“Precisamos melhorar a vida das pessoas de um modo geral, mas precisamos dos deputados para fazer essas mudanças, afinal, nós vivemos em um país democrático onde cada segmento de poder defende e contribui com sua parcela para a sociedade,” completou Santana.