A Explosiva Multiplicação Celular no Sistema Nervoso Embrionário – por Max Diniz Cruzeiro

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

Na embriogênese nada se compara ao fenômeno da multiplicação celular. Após a formação do tubo celular a proliferação de células no sistema nervoso se intensifica. Uma série de transformações ocorrem na parede do tubo, entre elas: ampliação da espessura, alongamento do tubo, o surgimento de dobraduras e torções; o que antes era cilíndrico se refaz em um formato bem mais complexo com a formação das vesículas primitivas.


A intensa atividade é devido a proliferação das células precursoras dos neurônios e da neuroglia. Os precursores em algumas horas se duplicam formando duas células-filhas e começa-se novo ciclo. Essa é a regra modal, nem sempre corre desta maneira, mas é o que mais se observa no experimento laboratorial.

Pode acontecer de uma célula interromper o ciclo de multiplicação e migrar para fora do ventrículo, em suas proximidades, fazendo com que a parede neural passe a ter várias camadas, originando lâminas no sistema nervoso.

Ou formam agrupamentos de neurônios sem a formação de camadas, dando origem aos núcleos do sistema nervoso, como o diencéfalo.

Lent explica que as células-filhas que interrompem o ciclo celular para migrar não reiniciam um novo ciclo, a não ser algumas delas que permanecem em estado quiescente, mas capaz de em algum movimento reiniciar a proliferação.

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

O SNC de animais adultos possui células tronco que podem ser utilizadas para regenerar partes do cérebro.
Isto significa que a pode haver algum mecanismo dentro do sistema nervoso que sirva para regenerar partes que sofreram algum tipo de prejuízo em sua composição. Esta área ainda requer muitos estudos. Essas células multipotentes podem ser a esperança para muitas pessoas que possuem órgãos ou partes dele no sistema nervoso lesadas que possam ser regeneradas conforme uma aplicação terapêutica.

A neurogênese é a fase de intensa atividade proliferativa, que se interrompe na fase seguinte para posterior migração de seus substratos.

Enquanto a gliogênese é a fase em que se intensifica a proliferação dos precursores neurogliais.
É possível em um neurônio juvenil pós-mitótico identificar cada fase como uma data de nascimento que marca sua transformação. Não sendo possível a mesma coisa para os precursores neurais, porque a neuroglia mesmo na fase adulta se prolifera.

Supõe-se que cada espécie tem uma forma de controlar a proliferação dos percussores, ou seja o ciclo celular de cada região. É um mecanismo bastante eficiente de duplicação que cresce em escala geométrica que em algum momento é preciso interromper a intensidade da multiplicação.

Num determinado momento surgem moléculas reguladoras do ciclo celular. Como por exemplo, o glutamato e o ácido gama-aminobutírico (GABA) que serão no futuro neurotransmissores nas sinapses. Elas utilizam canais (junções comunicantes) para sincronizar o ciclo de população celular de precursores.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro

 

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