Frio pode ter matado ao menos quatro moradores de rua em SP

Foto: Reprodução

Ao menos quatro pessoas em situação de rua morreram entre os dias 14 e 30 de maio na cidade de São Paulo. Três mortes aconteceram no centro da cidade, que concentra uma grande quantidade de pessoas em vulnerabilidade social, e a terceira ocorreu na zona leste da capital.


A Defesa Civil Municipal colocou a cidade em estado de emergência para baixas temperaturas desde as 11h do dia 11 de maio. São Paulo registrou no mês de maio a menor temperatura mínima do ano, com os termômetros marcando 11,9°C, no dia 16.

Primeira morte

O primeiro óbito foi constatado na manhã de segunda-feira (29), na praça João Mendes, no centro da capital. De acordo com informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a vítima é um homem de 49 anos e não tinha sinais de violência no corpo.

A Polícia Militar também confirmou que foi acionada para o endereço, e o caso foi encaminhado ao 1º Distrito Policial, da Sé. Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que o homem tem registro nos centros de acolhimento desde 2019 e que passou a noite em um Núcleo de Convivência no dia 26 de maio.

Segunda morte

Um homem em situação de rua foi encontrado morto na Mooca, na zona leste, na madrugada desta terça-feira (30). Agentes da Polícia Militar foram deslocados para a rua Taquari, na madrugada. De acordo com a PM, o solicitante afirmou que o homem estava passando mal.

No local, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou o óbito. Não há informações sobre a causa da morte, mas a PM afirmou que não havia sinais de violência.

O caso foi registrado como morte suspeita no 8° Distrito Policial, de Belenzinho, que requisitou exames necroscópico e dactiloscópico para identificar a vítima.

Terceira morte

Na manhã de terça-feira, um homem de 42 anos morreu no cruzamento da rua da Consolação com a alameda Tietê, em Cerqueira César, região central de São Paulo.

Segundo o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), o acionamento foi realizado às 10h40. A corporação afirmou que ainda não há informações sobre a causa da morte. O caso foi encaminhado ao 78° Distrito Policial.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, a causa da morte é determinada pelos serviços competentes, ou seja, IML (Instituto Médico-Legal) e SVO (Serviço de Verificação de Óbito).

Quarta morte

Um homem em situação de rua foi encontrado morto no domingo (14), por volta das 14h24, na alameda Santos, no Jardim Paulista, na região central de São Paulo.

De acordo com a Polícia Militar, a corporação recebeu um chamado para a descoberta de cadáver no endereço. A vítima não apresentava sinais de violência. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial, dos Jardins

Veja nota da Prefeitura de São Paulo, na íntegra:

“A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) informa que o senhor A. R. T., 57, falecido na última segunda-feira (29) na Praça Doutor João Mendes, Sé, centro de São Paulo, esteve acolhido nos serviços da rede socioassistencial desde fevereiro de 2019.

O homem pernoitou, na última sexta-feira (26), no Núcleo de Convivência ‘Chá do Padre’, localizado na Rua Riachuelo, 268, na Sé.

É importante ressaltar que a causa da morte é determinada pelos serviços competentes, ou seja, Instituto Médico Legal (IML) e Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

Mooca

Em virtude da falta de identificação, ainda não é possível saber se a pessoa encontrada sem vida na Rua Taquari, 1237, na Mooca, ZL, possuiu ou não histórico de acolhimento na rede socioassistencial da Prefeitura de São Paulo.

Cerqueira César

Não há registro de abordagem social e acolhimento na rede socioassistencial a E.C.B, que faleceu na última terça-feira (30)

Balanço Operação Baixas Temperaturas

Das 20h desta terça-feira (30) até às 07h desta quarta-feira (31), foram realizados 292 encaminhamentos aos serviços de acolhimento da rede socioassistencial da Prefeitura de São Paulo e 192 cobertores foram distribuídos.

As abordagens são feitas pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), via chamados da Central 156, por equipes da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS) da SMADS e atendimentos das equipes do Ampara SP.

Rede Socioassistencial

A cidade de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com mais de 24 mil vagas de acolhimento para as pessoas em situação de rua.

Somente para a OBT 2023, foram criadas 1.569 novas vagas de acolhimentos em serviços emergenciais, como em Centros Esportivos, Núcleos de Convivência e aditamento em serviços já existentes.

Os orientadores socioeducativos do SEAS realizam atendimentos sociais diários na cidade de São Paulo, a adultos, idosos, crianças e adolescentes que vivem em situação de rua ou de vulnerabilidade social, incluindo cenas de uso de álcool e outras drogas, e que estes profissionais são capacitados para identificar a necessidade de cada pessoa abordada e oferecer encaminhamentos para os serviços da rede socioassistencial da Prefeitura”.

R7

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