Em função dos 100% de paralisação na greve deflagrada hoje, 07, pelo Sindicato dos Rodoviários de Manaus, desde as primeiras horas da manhã, fez o prefeito Arthur Neto voltar atrás e disse que vai atender as reivindicações dos trabalhadores e negociar diretamente com os empresários.
Ou seja, o prefeito assume, a partir de agora, as atribuições do presidente do Sindicato dos Rodoviários, mas deixa transparecer na sua entrevista à rádio CBN-Manaus, às 8:30h de hoje, a falta de habilidade com o movimento sindical ao atribuir uma longa negociação salarial iniciada no ano passado, em fato político eleitoral, e joga farpas.
De um lado o prefeito acusa o sindicato de ter iniciado a campanha para eleger um dos membros do sindicato a deputado estadual e de outro, os rodoviários dizem quem está querendo eleger é o prefeito, que já lançou o filho para deputado federal.
Na outra ponta, os trabalhadores lutam por 20% de aumento salarial, mais R$ 2.000,00 de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais 20% do salário mínimo de insalubridade para motoristas e cobradores, mais Auxílio Maternidade de 180 dias, atestado médico do Sistema Único de Saúde (SUS), vale creche de R$ 200,00 para as mães de filhos até 7 anos de idade.
Alem das negociações do Dissídio Coletivo 2014, os Rodoviários vem desde 2013, em um embate jurídico com os empresários do sistema pelo pagamento de 20% de insalubridade para motoristas e trabalhadores prometidos pelo prefeito e autorizado ela 19ª Vara da Justiça do Trabalho
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir de Oliveira, “quando era para ficar de bem com a categoria, o prefeito prometeu pagar Mil Tarifas, como salário para os motoristas”. Com o isso o Sinetram passaria o equivalente a R$ 3.000,00 para o motorista e R$ 1.500,00 para os cobradores de salário todos os meses.
Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, a prefeitura paga subsídio às empresas, o equivalente a R$ 0,25 centavos de Real por passagem de ônibus aos empresários. Algo maior que R$ 48 Milhões/Ano. Dinheiro que poderia resolver a dívida do sistema com a categoria.
Givancir disse que os empresários do sistema arrecadam mais de R$ 70 Milhões/Mês. “É dinheiro vivo entrando na catraca todos os dias, mas os empresários continuam chorando miséria e aproveitando para explorar o trabalhador, com o consentimento do prefeito de Manaus”, finalisou.
