Hospitais denunciam alta de preços de medicamentos e EPIs durante à pandemia

Foto: Reprodução


Pesquisa realizada pelo SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo perguntou aos serviços de saúde se estão enfrentando problemas no combate à pandemia. 61% responderam que sim. Entre os problemas apontados pelo universo de hospitais que afirmam estar com problemas 69,1% apontam o aumento nos preços dos medicamentos como o principal deles, seguido pelo aumento de preços dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) com 65,5%; dificuldades para repor estoques de medicamentos e EPIs, com 58,2%; e falta de profissionais, com 54,6%

O levantamento do SindHosp ouviu 90 hospitais privados, no período de 27 de janeiro a 3 de fevereiro. Eles possuem 5.626 leitos clínicos e 2.390 leitos de UTI, representam uma amostra de cerca de 25% dos hospitais privados no estado que atendem pacientes Covid-19. E integram 12 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde.

Segundo Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a alta de preços de medicamentos e EPIs vêm trazendo graves entraves no atendimento. “Mesmo com preços altos, os hospitais ainda enfrentam dificuldades de repor estoques. É um absurdo isso acontecer neste momento de pandemia. Estamos comunicando os Ministérios da Economia e da Saúde pedindo providências”, declara.

Ocupação alta de leitos de UTI Covid

A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes portadores do novo coronavírus continua alta. 40,5% dos hospitais afirmam que ela oscila entre 91% e 100% de ocupação (no levantamento anterior 20% dos hospitais mostravam uma ocupação em até 100%). 32,9% afirmam que ela está entre 81% e 90% de ocupação para os leitos de UTI.

As taxas de ocupação dos leitos clínicos nos hospitais privados também estão altas. 41% dos respondentes afirmam que a taxa de ocupação desses leitos está entre 71% a 90%. 24,7% dos hospitais estão com taxas de ocupação dos leitos clínicos entre 91% e 100%.

Apesar da alta ocupação de leitos, 82% dos hospitais afirmam ter condições de aumentar o número de leitos destinados ao tratamento da Covid-19, se necessário.

O número de hospitais que estão cancelando ou adiando cirurgias e outros procedimentos eletivos em razão da pandemia cresceu. No levantamento encerrado em 13 de janeiro, 76% dos pesquisados não estavam cancelando cirurgias ou outros procedimentos eletivos em razão da Covid-19. No atual, são 54,5% dos hospitais (praticamente metade do universo) mantêm a agenda de cirurgias e outros procedimentos eletivos.

Artigo anteriorCadastro e recadastro da meia-passagem estudantil 2021 inicia no próximo dia 18
Próximo artigoSecretário de Cultura pede explicações ao YouTube após bloqueio de blogueiro

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui