Lava Jato pode mudar o Brasil para sempre, diz Dilma em coletiva na Austrália

Presidente Dilma, no G-20, na Austrália/Foto: Reprodução GloboNews
Presidente Dilma, no G-20, na Austrália/Foto: Reprodução GloboNews
Presidente Dilma, no G-20, na Austrália/Foto: Reprodução GloboNews

A presidente Dilma Rousseff encerrou hoje, domingo (16), sua participação no encontro do G20 – grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia – posicionando-se sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga o desvio de recursos da Petrobras para partidos políticos.

Em uma coletiva de imprensa concedida em Brisbane, na Austrália, a presidente afirmou considerar que a operação “pode mudar o Brasil para sempre”.


“Eu acho que isso mudará para sempre as relações entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e as empresas privadas. O fato de nós, neste momento, estarmos com isso de forma absolutamente aberta sendo investigado, é um diferencial imenso”, disse a presidente durante a coletiva.

“Há aí uma diferença substantiva, eu acho que isso pode de fato mudar o país para sempre. Em que sentido? No sentido que vai se acabar com a impunidade”, afirmou.

Escândalo

Na última sexta-feira, a sétima fase da operação Lava Jato levou à prisão de quatro presidentes de grandes empreiteiras, 15 executivos e o ex-diretor de serviços da estatal, Renato Duque.

Afirmando que os contratos da Petrobras já estão sendo analisados, a presidente no entanto disse não considerar que o escândalo irá afetar a imagem da empresa como um todo, em um momento em que há um temor de que a credibilidade da estatal entre investidores estrangeiros seja afetada.

Citando casos de corrupção ocorridos em outros países, a presidente disse que “não é monopólio da Petrobras estar sendo investigada por processos internos de corrupção”.

“A maioria absoluta dos membros da Petrobras, dos funcionários, não é corrupta. Agora, tem pessoas que praticaram atos de corrupção na Petrobras. Então, não se pode pegar a Petrobras e condenar a empresa, o que nós temos que condenar são pessoas, e pessoas dos dois lados, os corruptos e os corruptores.”

Dilma defendeu ainda que não é possível fazer generalizações sobre o envolvimento de empreiteiras no escândalo.

“Eu não acho que dá para se demonizar as empreiteiras do país. São grandes empresas e se A, B, C ou D praticaram atos de corrupção, eu acho que eles pagarão por isso”.(Terra)

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