Levy admite empréstimos dos estados, se não houver prejuízo fiscal

Ministro Levy admite empréstimos aos estados/Foto: Valter Campanato
Ministro Levy admite empréstimos aos estados/Foto: Valter Campanato
Ministro Levy admite empréstimos aos estados/Foto: Valter Campanato

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (10), durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em Goiânia, que o governo espera dar, em breve, encaminhamento às solicitações de empréstimos feitas por estados.
Levy ressaltou, no entanto, que, antes de atender aos pleitos, o governo verificará  as implicações da “realidade fiscal” do país e a necessidade de equilíbrio das contas públicas.


“Certamente temos que dar um ordenamento que permita também aos estados se programarem tendo a realidade que o espaço fiscal da Federação suporta, mas com um elemento de previsibilidade”, disse ele, durante a abertura do evento.

O ministro informou que toda a equipe do Ministério da Fazenda estará disponível para trabalhar com os estados para incentivar investimentos e evitar embaraços à evolução arrecadadora de impostos.  “A União é uma só: mas a Federação é composta por estados, municípios, governo federal – mais a [própria] União. Somos entes de uma mesma federação. Este é o princípio que rege o nosso relacionamento com os diversos entes do país.”

Segundo ele, o projeto que obriga a regulamentação da mudança do indexador da dívida dos estados e municípios, que está sendo examinado pelo Senado Federal, vem sendo acompanhado com atenção pelo governo. Levy acrescentou que, da parte do governo, há uma preocupação de prestar aos estados todo o auxílio necessário para que a questão seja resolvida de forma produtiva.

Levy disse que o Brasil vive no momento um ciclo importante tanto de desenvolvimento interno quanto de inclusão na economia global. Segundo ele, no caso da economia global, a mudança começou nos anos de 2011 e 2012. “Nem todos perceberam mas a situação era [a seguinte]: a resposta inicial [dos países], com o choque de 2008, começou a se alterar. Pela primeira vez na história,  houve uma grande coordenação global que permitiu que a China fizesse uma política anticíclica voltada para grandes investimentos e com uma grande demanda  de matérias-primas, que sustentou o preço das nossas commodities [matéria-primas]”, exemplificou.

Para o ministro, a estratégia agora tem de mudar: é necessário que o governo dê andamento a um rearranjo de certos procedimentos visando a aumentar a confiança dos agentes econômicos. “Até o governo anunciar o ajuste [fiscal, que vem sendo colocado em vigor,] todo o mundo vinha se retraindo”. De acordo com Levy, o Brasil precisa dar início a um novo ciclo de crescimento. O papel da União, nesse processo é “olhar para a frente” e dar condições para o retorno dos investimentos, disse o ministro. “[O retorno dos investimentos é] perfeitamente possível: a União não vai virar as costas [para as oportunidades que surgirem]”, concluiu.(Agência Brasil)

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