Novo secretário-executivo do MEC é militar

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Desocupado nos últimos dias, o cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) foi preenchido por Ricardo Machado Vieira. A nomeação foi publicada na edição desta sexta-feira (29) do Diário Oficial da União (DOU).


Ricardo era assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) desde fevereiro de 2019. Ele é militar — segundo seu currículo, é tenente-brigadeiro e já ocupou o posto de chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (FAB).

Em três meses de gestão, é a quarta vez em que o governo anuncia um nome para o cargo de “número dois” do MEC. Luiz Antônio Tozi permaneceu no posto até o dia 12 de março, quando foi demitido em um ato de “reestruturação” promovido pelo ministro Vélez.

Com a saída dele, o nome de Rubens Barreto da Silva, que até então era secretário-executivo adjunto, foi anunciado por rede social. A nomeação para o novo cargo, no entanto, não chegou a ser publicada no Diário Oficial.

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Em seguida, Iolene Lima foi colocada no posto, também sem publicação no DOU. Ela foi demitida oito dias depois.

Reunião de Bolsonaro com Vélez

O presidente Jair Bolsonaro marcou uma reunião para esta sexta-feira (29), às 10h30, no Palácio do Planalto, com o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.

Na noite de quinta (28), Bolsonaro foi questionado duas vezes sobre a permanência de Vélez no MEC, mas ficou calado. A pasta enfrenta uma série de polêmicas e trocas de cargo.

Militares x seguidores de Olavo de Carvalho

Há uma disputa interna na área da educação sobre qual projeto de governo deve ser implementado. Os grupos em conflito poderiam ser chamados de “pragmáticos” e “ideológicos”.

O primeiro é formado por militares — incluindo generais, que foram os primeiros a serem envolvidos na campanha de Bolsonaro — e também por ao menos um coronel que tem afinidade com o ministro. A escolha de Ricardo Machado Vieira, tenente-brigadeiro, reforçaria essa equipe.

O segundo grupo é constituído por seguidores do escritor de direita Olavo de Carvalho e por ex-alunos do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Vale lembrar que o próprio Vélez foi indicado por Carvalho.

Fonte: G1

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