
Estou relendo O Lobo da Estepe, de Hermann Hesse. Desde meus vinte anos, o leio de cinco em cinco anos.
Toda vez descubro algo novo, além da estética do eu lírico romântico em suas desditas existenciais, misturada com a psicanálise.
Desta vez descobri a estrutura tridimensional da narrativa. A narrativa começa com a visão de um editor abstrato sobre o Lobo. É a visão do mercado sobre o autor.
O burguês estranhando o que não lhe é igual. Depois a visão do narrador-personagem sobre ele mesmo.
No terceiro momento, em um panfleto, alguém , pelo ângulo da psicanálise, mostra a visão do público e da crítica. No mesmo livro, três narrativas sobre a mesma personagem: a do mercado editorial, a do escritor e da crítica! Genial!