ONGs realizam mesa redonda para debater produção da carne bovina no AM

ONGs debatem produção de carne bovina no AM/Foto: Divulgação

Debater os desafios e oportunidades da produção de carne no Amazonas é o objetivo da mesa redonda “A Cadeia Produtiva da Carne Bovina no Amazonas”, que acontece na segunda-feira (05), às 14h00, a cargo das ONGs Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) e WWF-Brasil e acontecerá no auditório Sumaúma, da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (Coroado).
Na programação do evento consta a apresentação dos resultados de um estudo realizado em 2014, que traçou um diagnóstico da atividade pecuária no estado; e segue com uma mesa-redonda com a presença de representantes de entidades governamentais e empresários do setor no Amazonas.


“O estudo enfatiza a produção, o abate, o transporte, o consumo e os atores envolvidos. Também inclui um detalhamento da cadeia para Apuí, no sul do estado, com recomendações para uma pecuária sustentável”, destaca Gabriel Carrero, gerente do Programa de Produção Rural Sustentável do Idesam e coautor da pesquisa.

“O grande desafio para a região Amazônica e para o Estado do Amazonas, é debater soluções para que se possa produzir carne bovina como uma alternativa de renda para as populações locais, mas seguindo a legislação ambiental e critérios socioambientais claros, com uma produção baseada em boas práticas produtivas respeitando a floresta, e que pode estar associada a outras alternativas produtivas sustentáveis madeireiras e não madeireiras”, defende Ivens Domingos, especialista em  Pecuária Sustentável do WWF- Brasil e um dos autores da publicação.

Estão confirmadas as presenças da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (ADAF), do Instituto Nacional da Colonização e da Reforma Agrária (Incra) e do Frigorífico Vitello.

Pecuária sustentável

Um dos principais resultados da publicação é o fato de que o Amazonas, apesar de não contar com um rebanho muito representativo em termos absolutos, tem apresentado elevadas taxas de crescimento na última década. As projeções para a região Norte brasileira também apontam para um aumento do rebanho bovino no estado até 2023. O sul do Amazonas se apresenta como a região mais expressiva no estado para esta atividade econômica, sendo Boca do Acre e Apuí os municípios com maior rebanho.

“Para a região Amazônica, grandes desafios ainda estão ligados à questão fundiária como, por exemplo, melhoria da eficiência produtiva; e o cumprimento do código florestal. Já temos diversos bons exemplos mostrando soluções para estes desafios e as ações do Idesam em Apuí  começam a trazer bons resultados e sugestões de próximos passos”, afirma Domingos.

Apenas 30% da carne bovina consumida no estado é produzida internamente, principalmente, em Boca do Acre e Apuí, que detém 43% da fatia produzida no estado. O Amazonas conta com 14 abatedouros licenciados dos 52 existentes.

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