Operação ‘Buritis’ prende dupla suspeita de cometer crimes ambientais, em Manaus

Operação "Buritis", contra crime ambiental/Foto:
Operação "Buritis", contra crime ambiental/Foto:
Operação “Buritis”, contra crime ambiental/Foto:
Área de preservação que estava sendo aterrada/Foto:
Área de preservação que estava sendo aterrada/Foto:

Com o objetivo de fiscalizar uma área de preservação ambiental que estava sendo aterrada, irregularmente, policiais civis da Delegacia Especializada em Meio Ambiente (Dema), coordenados pela delegada titular Ana Cristina Braga, deflagraram na manhã de ontem, quinta-feira (05), a operação “Buritis”, cuja ação policial resultou na prisão de um operador de máquinas de 28 anos, e de um administrador de 52, ambos autuados pelo crime ambiental de desmatamento, juntamente com um homem conhecido como “Binho”, também, foi indiciado pelo mesmo crime.
A ação foi realizada em um terreno de propriedade da Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) localizado na Rua Walton Bizantino, Loteamento Buritis, Bairro Nova Cidade, na zona Norte de Manaus. A operação contou com apoio de servidores do órgão, além de funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas),  policiais militares da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), policiais civis do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), e uma perita criminal do Instituto de Criminalística (IC).


De acordo com a delegada titular da Especializada, as investigações iniciaram a partir de uma denúncia da Suhab e da população informando que no terreno, considerado Área de Preservação Permanente (APP), estavam sendo praticados crimes ambientais. A equipe inicialmente realizou diligências com o intuito de mapear o local e quando chegou ao endereço, na manhã de hoje, encontrou um homem operando uma retroescavadeira que estava, aparentemente, aterrando um igarapé com o objetivo de preparar o terreno para construir futuras edificações.

Após a equipe policial surpreender o homem em flagrante, e apreender a máquina, o mesmo foi conduzido à delegacia contou que havia sido contratado pela empresa de maquinaria “E.R. Esperança” apenas para realizar o serviço, e que não sabia que estava praticando crime ambiental. “A equipe de investigação localizou o responsável por esse funcionário e convocou o encarregado da empresa para comparecer a unidade policial e prestar esclarecimentos. Ele foi o segundo flagranteado assim que constatamos que o mesmo também tinha envolvimento no crime.”, falou a autoridade policial.

Durante os depoimentos, o administrador informou que os serviços da “E.R. Esperança” foram contratados por um homem conhecido como “Binho”, e que o contrato firmado entre as partes foi feito apenas de forma verbal.“Binho” teria contratado os serviços de maquinaria para fazerem uma limpeza no terreno, que informou ainda ser de propriedade dele.

Ainda durante a operação Buritis, a equipe da Dema, juntamente com os outros órgãos, mapeou invasões próximas para investigar outros crimes ambientais e notificou aproximadamente 15 moradores para comparecer à delegacia e prestar esclarecimentos acerca da suspeita de possíveis delitos. “Toda a população do local foi conscientizada pela equipe em relação aos crimes ambientais. Informamos ainda que quem continuasse praticando os crimes, e fosse pego em flagrante cometendo-os, seria punido conforme a Lei.”

Os dois homens foram autuados por destruição ou danificação de floresta de preservação permanente, e impedir ou dificultar a regeneração de floresta (artigo 38 da Lei Ambiental e artigo 48 da Lei 9.605/98, respectivamente). Por serem considerados crimes afiançáveis, foi estipulada fiança de dois salários mínimos para o adminsitrador, e meio salário mínimo para o operador de máquinas. O “Binho” será notificado e indiciado pelos mesmos crimes.

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