‘Paço da Liberdade’ tem mesa-redonda para debater obras de Alan Moore

Palestrante, Prof. Tom Zé (UFAM)/Foto: Mário Oliveira
Palestrante, Prof. Tom Zé (UFAM)/Foto: Mário Oliveira
Palestrante, Prof. Tom Zé (UFAM)/Foto: Mário Oliveira
Professor Tom Zé, debate com plateia/Foto: Mário Oliveira
Professor Tom Zé, debate com plateia/Foto: Mário Oliveira

A exposição “A Voz do Fogo”, que homenageia o escritor inglês Alan Moore, um dos mais premiados roteiristas de histórias em quadrinhos do mundo, que ocorre no Paço da Liberdade, no Centro Histórico de Manaus, abriu mais uma mesa-redonda na noite da última sexta-feira (14), para debater as obras do quadrinista.

O inglês, que ficou famoso por meio de consagradas Graphic Novels, estilo de história em quadrinhos conhecido como romance gráfico, é o autor de títulos como “V de Vingança”, “O Monstro do Pântano”, “Watchmen”, “Do Inferno”, “Show Pieces” e entre outros, que também acabaram ganhando adaptações para o cinema.


O professor de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tom Zé, foi um dos palestrantes e falou sobre o diferencial das obras de Alan Moore, que possibilitaram tantas adaptações para o cinema. “Ele conseguiu fazer uma apuração melhor, conduzir as histórias em quadrinhos para além da fantasia, para além da realidade onírica, para um plano mais terreno. Os super-heróis passam a não ser mais tão super, passam a ser mais humanos, eles passam a sentir mais. Então, com essa aproximação do super-herói com o humano, a gente tem uma identificação muito grande”, explicou.

O produtor de audiovisual, Rod Castro, também palestrante, explicou sobre as diferenças de cada linguagem entre histórias em quadrinhos e cinema, que no caso das obras de Moore, foram mudanças que prejudicaram as adaptações para a telona. “O problema do Alan Moore é que ele fala de muita coisa ao mesmo tempo e os quadrinhos dele são pensados para serem quadrinhos mesmo. Quando se faz uma transposição para o audiovisual a minha defesa é que a melhor forma seria série e série adulta, como a HBO faz ou qualquer outra produtora poderia fazer”, criticou.

O funcionário público Aristídes Bentes é fã do escritor e participou do debate. Como colecionador de quadrinhos, ele conta que, quando criança, se impressionou com a riqueza do autor e passou a colecionar suas obras. “Eu li V de Vingança quando tinha 13 anos de idade. Eu notei que ele era um autor diferenciado e como sou fã de quadrinhos, comecei a ir atrás de outras obras como Monstro do Pântano e passei a acompanhar”, disse.

A exposição, que conta com ilustrações de 22 artistas amazonenses,  ocorre até o dia 5 de dezembro e é uma iniciativa da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manascult), em parceria com a Strategos Gestão Cultural.

Fotos – Mário Oliveira

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