Papa Francisco a favor do Meio Ambiente (Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)

O Papa Francisco apresentou, no dia 18 de junho, a primeira encíclica “Laudato Si” dedicado ao meio ambiente, que exige dos lideres globais uma ação rápida para salvar o planeta da destruição  e defende uma mudança no que chamou de “cultura de consumo descartável”dos países desenvolvidos.
Nessa incíclica, o Papa escreve sobre o impacto que os seres humanos exercem no meio ambiente através do processo econômico, de novas tecnologias e do sistema financeiro. Relata que as pessoas estão em perigo em uma situação que elas mesmas criaram.


O ser humano criou a cultura do descartável: homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do consumo e do mercado. O lucro foi idolatrado e quem paga o preço  mais alto  sobre isso e a população  mais pobre. Ela sofre a manipulação e a exploração diante do desejo de posse da soberba e da dominação por parte de quem é o detentor do poder econômico e tecnológico.

Francisco defende que os países ricos devem sacrificar parte do seu crescimento e, assim, liberar recursos necessários aos países mais pobres. “Chegou a hora de aceitar crescer menos em algumas partes do mundo, disponibilizando recursos para as outras partes poderem crescer de forma saudável”, escreveu o Papa.

Ele apela as potencias mundiais para salvarem o planeta, considerando que o consumismo ameaça destruir a Terra – transformando em um “deposito de porcarias”- e denunciando o egoísmo econômico e  social das nações mais ricas.” Hoje, tudo que é frágil, como o ambiente, esta  indefeso em relação aos interesses do mercado divinizado, transformando em regra absoluta”.

No texto Francisco critica um sistema econômico que aposta na mecanização para reduzir custos de produção e faz com que “ O ser humano se vire contra si próprio “, defendendo que o valor do trabalho tem que ser respeitado em uma “ecológica integral”.

Ele rejeita o argumento  de que a tecnologia vai resolver todos os problemas ambientais (e que) a fome e a pobreza serão eliminados simplesmente pelo crescimento do mercado . “Uma vez mais, temos de rejeitar uma concepção mágica de mercado, que sugere que os problemas possam ser resolvidos simplesmente por meio de um aumento nos lucros de empresas ou indivíduos. “O Papa estabelece uma relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, dizendo: “Ä convicção de que tudo esta estreitamente interligado no mundo, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a grave responsabilidade da política, a cultura do descartável e a proposta de um novo  estilo de vida são os eixos desta encíclica, inspirada da sensibilidade ecológica de Francisco de Assis”.

O Papa Francisco conclama todos os cristãos a se darem conta da fragilidade dos povos do mundo no qual vivemos. Diz que Deus age e continua a trabalhar e afirma que acabe aos cristãos se perguntar o que devem fazer para responder a criação de Deus.
Chama os cristãos a responsabilidade pela criação. O ser humano não deve se apoderar da criação, mas fazer com que ela possa ir em frente, fiel as suas leis.

Para finalizar, cito o parágrafo 245 da Encíclica: ” Deus, que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-lhe tudo, também nos dá  as forcas  e a luz deque necessitamos para prosseguir o coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinho, porque Se uniu definitivamente a nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que ele seja louvado.(Raimunda Gil Schaeken – Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR)

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