PHS critica escolha de chapa do PSB sem consulta a partidos coligados

Eduardo Machado, presidente Nacional do PHS/Foto: Arquivo
Eduardo Machado, presidente Nacional do PHS/Foto: Arquivo
Eduardo Machado, presidente Nacional do PHS/Foto: Arquivo

Inconformado com o fato de o PSB ter definido a indicação da ex-senadora Marina Silva como candidata do partido à Presidência e do deputado Beto Albuquerque (RS), para a vaga de vice sem consultar os demais integrantes da coligação, o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, afirmou ao G1 hoje, quarta-feira (20) que o processo de escolha foi “mal conduzido” e tem sido “deselegante”.

A definição de Marina para encabeçar a chapa do PSB no lugar do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo na última quarta-feira (13), foi tomada em uma reunião entre dirigentes do partido na madruga de sábado (16), no Recife (PE). Já a escolha de Beto para a vaga de vice ocorreu nesta terça (19), após o parlamentar gaúcho receber o apoio da família de Campos e de dirigentes do PSB em Pernambuco.


O anúncio oficial de Marina e Beto para a corrida pelo Palácio do Planalto deve ocorrer na tarde desta quarta-feira, em uma reunião da executiva nacional do PSB, em Brasília.

Mesmo ressaltando que não tem objeções aos nomes definidos pelos dirigentes socialistas, o presidente do PHS reclamou de as demais legendas da coligação Unidos pelo Brasil (PPS, PPL, PHS, PRP e PSL) não terem sido consultadas previamente sobre as indicações. Eduardo Machado ameaçou não assinar o termo de apoio à candidatura de Marina e Beto se a direção do PSB não consultar oficialmente as siglas aliadas antes do anúncio oficial.

“Não temos nada contra o nome do Beto [Albuquerque]. A única coisa questionável é o modo como eles [dirigentes do PSB] estão conduzindo. Digamos que estão sendo deselegantes. Se não formos consultados, não vamos assinar [documento que aprova os nomes de Marina Silva e Beto Albuquerque]”, disse Machado ao G1.

Para chancelar as substituições na chapa, é preciso que ao menos quatro dos seis partidos coligados avalizem a mudança. A direção do PSB havia convocado uma reunião com os integrantes da coligação para a manhã desta quarta, mas o encontro foi adiado para esta quinta a pedido de PHS, PSL e PRP. “A gente achou melhor adiar para amanhã [quinta] para firmarmos nosso posicionamento”, explicou o presidente do PHS.

De acordo com Machado, o apoio dos partidos coligados a Marina e Beto na corrida presidencial dependerá da forma como a reunião desta quinta for conduzida.

“Vai ficar complicado [se os nomes forem oficializados]. E é isso que a gente está aguardando para ver. Como eles vão se comportar hoje [quarta]. Se eles anunciarem o Beto [Albuquerque] já hoje como candidato, fica consolidada a deselegância. Se ele for apresentado como pré-candidato do partido, aí tudo bem, eles estão no direito deles”, enfatizou.

PPS

Um dos cinco partidos coligados ao PSB, o PPS se reuniu hoje, quarta, na capital federal, para deliberar sobre as candidaturas de Marina Silva e Beto Albuquerque para a Presidência. Ao final do encontro, a executiva nacional da legenda divulgou nota oficial apoiando a nova chapa e defendendo que “sejam mantidos os compromissos firmados por Eduardo Campos com partidos e aliados”.

“Temos a certeza de que a chapa Marina Silva e Beto Albuquerque honrará o compromisso de Eduardo de não desistir do Brasil, mantendo acesa a chama da mudança.  O PPS compromete-se com a candidatura de Marina-Beto Albuquerque com o mesmo empenho e com a mesma dedicação com que se lançou como partícipe do projeto de Eduardo-Marina”, diz o comunicado do PPS.

Câmara e Senado

Nesta quarta, as bancadas do PSB na Câmara e no Senado se reuniram, separadamente em Brasília, para debater sobre a indicação de Beto Albuquerque para a vaga de vice na chapa de Marina Silva.

Após o encontro, os deputados do PSB anunciaram apoio à candidatura de Marina à Presidência e de Beto Albuquerque, líder do partido na Câmara, para o posto de vice. Por meio de nota oficial, o vice-líder da sigla, deputado Dr. Ubiali (SP), ressaltou que a bancada está “unida” aos candidatos “para o alinhamento de campanha e otimização de esforços regionais” para a vitória.

Um dos nomes cotados para a vaga de vice, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) lembrou que a decisão da bancada não tem poder de decisão. “Nós queremos que os compromissos de Eduardo sejam mantidos. Esse é o desejo da bancada. Mas aqui não tem decisão partidária, porque quem tem que definir isso é a executiva do partido”, observou.

Os senadores do PSB, também, decidiram chancelar as candidaturas definidas pela direção nacional. A reunião que deu aval a Marina e Albuquerque foi realizada no apartamento da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), em Brasília.

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