Polícia identifica três PMs envolvidos na tortura de suspeitos de furtar picanha

Foto: Reprodução/RBS TV

Três policiais militares foram identificados pela Polícia Civil entre os envolvidos em práticas de tortura contra suspeitos que teriam furtado pedaços de picanha de um supermercado em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A informação foi confirmada à Band nesta terça-feira (6).


Os investigados prestavam serviços de segurança particular ao estabelecimento. Segundo Regulamento Disciplinar da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, exercer tal função é irregular para profissionais da ativa.

“Exercer ou administrar, quando no serviço ativo, a função de segurança particular ou qualquer outra atividade profissional legalmente vedada ou incompatível com a profissão de Militar Estadual ou cause algum prejuízo ao serviço ou à imagem da Corporação”, diz trecho do regulamento, que considera a prática como transgressão de natureza leve.

Câmeras de segurança que filmam as gôndolas do mercado flagraram o momento em que um homem furtou os pedaços de picanha. Um comparsa esperava o parceiro do lado de fora do estabelecimento. Na sequência, ambos são vistos sob ataques dos seguranças do local em outro compartimento.

Imagens gravadas por uma câmera de segurança do próprio estabelecimento mostram o que seria uma sessão de tortura por aproximadamente uma hora. É possível ver agressões com chutes, socos e até um pedaço de madeira contra as vítimas.

O caso aconteceu em outubro deste ano, mas a Polícia Civil só começou a investigação após saber que um dos agredidos ficou em coma no pronto-socorro de Porto Alegre. Ainda não houve prisão dos suspeitos das agressões. As identidades dos PMs não foram reveladas.

Em nota, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul informou que dois militares são da ativa e um é da reserva remunerada. Além disso, ressaltou que, após tomar conhecimento do caso, instaurou inquérito policial militar contra os envolvidos.

Leia a nota da PM na íntegra

A Brigada Militar comunica, em referência às imagens, onde são exibidas a ação de seguranças agredindo dois homens que teriam realizado furto de carne no interior de um supermercado, em Canoas, que foi identificada a participação de três policiais militares no episódio, dois da ativa e um da reserva remunerada.

Após tomar conhecimento, imediatamente a Corporação instaurou Inquérito Policial Militar, no intuito de elucidar os fatos e as devidas responsabilizações. As diligências estão a cargo do Comando de Policiamento Metropolitano e da Corregedoria-Geral da Brigada Militar.

Como Instituição dedicada à segurança da sociedade, a Brigada Militar reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais. Outrossim, repudia desvios de conduta por parte de seu efetivo, agindo sempre dentro da legalidade e responsabilizando indistintamente toda e qualquer postura inadequada em suas fileiras.

Band

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