Nova York, 13 abr (EFE).- A ponte de Manhattan, uma dos cartões postais mais clássicos de Nova York, se transformou em refúgio de um bom número de pessoas sem lar, que se instalaram dentro de sua gigantesca estrutura de ferro.
Segundo informa neste domingo o jornal local “New York Post”, os novos inquilinos da ponte vivem em pequenos locais em diferentes pontos da infraestrutura, que acondicionam utilizando peças de madeira e que fecham com cadeados para bicicletas.
Para chegar a eles, em muitas ocasiões é preciso pular as cercas que rodeiam a passagem dos pedestres que cruzam a ponte.
Assim foi como a semana passada as autoridades descobriram algumas dessas improvisadas casas, depois que um ciclista chamou a polícia ao ver um homem subindo em uma das cercas e acreditar que pretendia se suicidar.
A ponte de Manhattan foi aberta ao tráfego em 1909 e hoje em dia permite a passagem de automóveis, bicicletas e pedestres.
A cada dia, mais de 450 mil pessoas a cruzam, a maior parte a bordo de transporte público.
A ponte conecta o bairro de Chinatown em Manhattan com o centro de Brooklyn e, desse lado, sob seus pilares se estende uma das zonas residenciais mais exclusivas da’Big Apple’, conhecida como DUMBO.
Segundo vários sites imobiliários, o preço médio do aluguel de um apartamento de um quarto na zona é de cerca de US$ 3.700 ao mês.
Os altos preços dos imóveis em Nova York levaram o novo prefeito da cidade, Bill de Blasio, a transformar o assunto da habitação acessível em uma de suas grandes prioridades. EFE
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