População de Coari/Am protesta contra administração de Magalhães

População de Coari vai às ruas protestar contra o prefeito/Foto: Divulgação

Novamente a população de Coari ocupou as ruas da cidade, na manhã de ontem, terça-feira(21), para se manifestar contra as calamidades impostas pelo atual prefeito, Raimundo “esplanada” Magalhães, com mais de 15 mil pessoas, a pé, de carro e de motos formando um pelotão de dois quilômetros de extensão, durante três horas. A demorada prisão preventiva do ex-prefeito Adail Pinheiro foi a tônica do evento.
Ao final, diante do Fórum de Justiça de Coari, uma comissão foi recebida pelo juiz Fábio Alfaia, que responde pelas varas daquela comarca. Ele prometeu fazer uso de transparência e eficiência para que o processo tenha uma conclusão no próximo semestre de 2016. Embora considere normal o tempo de prisão, o magistrado reconheceu algumas falhas na estrutura física do judiciário e os depoimentos por cartas precatórias em outras comarcas, como motivos para justificar o longo tempo da preventiva, “mas o preso não pode ser responsabilizado por isso”, ponderou.


“Foi bem organizada e conduzida. Tudo transcorreu sem alguma confusão ou ataques às pessoas ou ao patrimônio privado ou público”, relatou o subcomandante do 5º Batalhão da PM Cap. PM Harisson Queiroz, que providenciou a audiência dos cinco membros da comissão de organização com o juiz.

Gente de todas as idades, de distintas classes sociais e diferentes credos fez questão de marcar presença desde as 7 horas da manhã. Em cima de um caminhão de som, pastores evangélicos, advogados, funcionários públicos, representantes de instituições não governamentais, missionários, comerciantes e estudantes se revezaram entre discursos e orações durante os seis km de caminhada.

Para a líder comunitária Zurma Pego, antes o município tinha um prefeito que cuidava dos serviços públicos, da educação e da saúde das pessoas. “Depois que colocaram esse aí na prefeitura nada mais presta em Coari”, desabafa a septuagenária.

Pelas ruas por onde passava a manifestação recebeu denúncias de vários comerciantes/fornecedores e funcionários públicos, sobre calotes e atrasos de salários, mas preferiam não se identificar por medo de represálias. “Ele colocou um cabo da PM para treinar um grupo armado de guardas municipais e as armas são todas ilegais, como aquela que disparou no saco do segurança do prefeito”, disse um guarda municipal do quadro efetivo, que está com dois meses sem receber o salário.

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