Prefeitura faz pouco caso da audiência pública sobre Saneamento Básico

Autoridades vinculadas à Prefeitura de Manaus deixaram de comparecer a primeira audiência pública organizada pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara Municipal de Manaus (Comlep/CMM) para tratar sobre a problemática da falta de Saneamento Básico nos bairros da cidade. A audiência pública foi realizada na última sexta-feira (15), na comunidade Rio Piorini, bairro Terra Nova (zona Norte).Foram convidados a participar da audiência e não compareceram representações dassecretarias municipais de Limpeza Urbana (Semulsp); de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas); de Saúde (Semsa) e o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). De órgãos públicos, estiveram presentes representantes da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), da Manaus Ambiental, além de representantes da Arquidiocese de Manaus e da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, deputado estadual José Ricardo Wendling (PT).


“As verdadeiras autoridades, os comunitários, estavam presentes à audiência, contudo, repudiamos a ausência das secretarias municipais que deveriam estar presentes em respeito à população”, criticou o parlamentar.

O professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Mena Barreto, que também foi convidado para o evento e tratou sobre as causas para a saúde da população relacionadas à falta de saneamento, também criticou a ausência da Prefeitura. “A cidade passa por momentos difíceis então precisamos fazer uma discussão séria com essas figuras (da Prefeitura)”, ressaltou o professor.
Vereador Bibiano (PT), autor da denúncia do descaso durante a sessão plenária da Casa, nesta segunda-feira (18), também questionou os números desencontrados em relação aos dados referentes à cobertura dos serviços que deveriam ser fornecidos pela Manaus Ambiental. “Precisamos saber realmente quais são os dados verdadeiros e caso a Manaus Ambiental não tiver cumprido, em qual fase do planejamento se encontra”,indagou.

Problemas sofridos pelos moradores

Diversos problemas foram apresentados pelos comunitários na ocasião. Falta de água potável, esgotamento sanitário, drenagem, além de transbordamento de igarapés atingindo centenas de casas, desmoronamento de barrancos e rachaduras nas casas ocasionadas pelas inundações foram alguns deles.

O representante da Associação de Moradores do Rio Piorini, Ivonaldo da Silva, destacou que possui documento da Arsam comprovando que a Manaus Ambiental não vem fornecendo água para a comunidade e que os moradores têm direito pelo que pagaram no passado sem ter usufruído do serviço.

A moradora da rua Fortaleza, nas proximidades, a doméstica Márcia Silva, denunciou que a qualquer momento pode ocorrer o desmoronamento do barranco, que fica localizado na rua onde mora e que, devido às últimas chuvas, várias casas, assim como a dela, estão rachadas. “Não temos saneamento e nossas casas podem desmoronar a qualquer momento”, advertiu a moradora.

Outra liderança comunitária da área, o senhor Valdir Mendes, reclamou do fato de que, apesar dos impostos que paga, não tem nenhuma infraestrutura nas ruas do bairro: falta meio-fio, asfalto nas ruas, sarjetas e que, por conta disso, entrou com representação junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) para responsabilizar a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).

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