Presidente do Sinpol-Am vai a Iranduba e constata superlotação carcerária

Cadeia superlotada, em Iranduba/Foto: Divulgação
Cadeia superlotada, em Iranduba/Foto: Divulgação
Cadeia superlotada, em Iranduba/Foto: Divulgação

O presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol-Am), Moacir Maia de Freitas, viajou ao Iranduba, ontem (14), segunda-feira, para ver de perto o grave problema de superlotação do 31º Distrito Integrado de Polícia, localizado na Avenida Amazonas.


A delegacia tem apenas duas celas com capacidade para oito presos apenas, mas a realidade vista pelo presidente do Sinpol-Am, é bem diferente, porque, atualmente, estão confinadas na carceragem um total de 37 pessoas, sendo que a maioria dos presos são acusados de tráfico de drogas, homicídio, estupro, roubos e furtos, entre outros crimes.

O delegado titular da delegacia de Iranduba, Elcy Barroso, disse que já fez apelo e pediu solução do problema, à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), à Vara de Execuções Penais e ao próprio magistrado que atua na Comarca do município, mas, até hoje, não recebeu nenhuma resposta positiva, e o que é pior, salienta o delegado titular, a situação só se complica ainda mais, com as novas prisões acontecendo e as celas ficando cada dia mais lotadas.

Até corredor está virando carceragem

Sem ter mais onde botar preso, o delegado e os investigadores, acabam obrigados, muitas vezes, a manter presos no corredor da carceragem ou até mesmo em outras dependências da delegacia, onde foi colocada uma barra de ferro chumbada na parede, onde é colocado um lado da algema e o outro lado no braço da pessoa detida.

..E o lixo, também, toma conta do local/Foto: Divulgação
..E o lixo, também, toma conta do local/Foto: Divulgação

O delegado mandou abrir a carceragem para o presidente do Sinpol-Am ver de perto e conhecer o tamanho do problema que a Delegacia do município de Iranduba atravessa com perto de 40 presos amontoados uns por cima dos outros nas duas únicas e pequenas celas.

Moacir Maia foi ao Iranduba acompanhado do diretor financeiro do Sindicato, Fredson Bernardo, que também considerou um verdadeiro absurdo, o excessivo número de presos, que apesar de estarem ali porque cometeram algum tipo de ato criminoso, estão confinados ali, em condições deploráveis e quase que subumanas, disse o ele.

Os policiais que estavam de plantão, assim como o delegado, disseram que eles mesmos trabalham em total clima de perigo constante, com tantos presos, e muitos deles perigosos, amontoados nos xadrezes daquela delegacia de Iranduba.

“A qualquer hora dessas vai acabar acontecendo uma rebelião aqui e o pior de tudo é que os familiares dos presos, vendo tal situação, também se revoltam, xingam a gente, como se tivessem os culpa dessa superlotação”, afirmou um investigador que estava de plantão nesta segunda-feira, que preferiu não se identificar.

 Moacir Maia cobra solução

Maia constatou e prometeu providências
Moacir Maia constatou e prometeu providências/Foto: Divulgação

“Vou voltar para Manaus e, primeiramente, vamos enviar um ofício à Sejus e procurar a cúpula maior da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança, para que reúnam forças com a gente, para ver de que maneira se pode resolver esse problema, pois do jeito que está, não pode ficar de maneira alguma. Temos que cobrar providências antes alguma coisa, bem pior do que já está, venha a acontecer. Outro dia, um bando armado tentou invadir a delegacia do Iranduba para resgatar presos perigosos envolvidos com tráfico e através desse episódio, dá pra se ter uma ideia de como essa superlotação de presos na delegacia do Iranduba é gravíssima. Isso isso deixa o delegado e toda sua equipe trabalhando diariamente em clima de perigo e sobressaltados”, disse o presidente do Sinpol-Am, Moacir Maia.

 

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