Prisão dos irmãos Brazão desvenda oferta de loteamento e ‘gatonet’ a executor de Marielle

Foto: Recorte

A prisão dos irmãos Brazão, Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ), e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, junto com o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, revelou um esquema complexo envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Segundo a Polícia Federal, os irmãos Brazão teriam oferecido ao acusado de executar o crime, o ex-policial militar Ronnie Lessa, diversas vantagens em troca do assassinato.


De acordo com informações obtidas pela PF, Lessa teria sido prometido um loteamento no bairro Tanque, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, além da exploração dos serviços típicos de milícia na região, como o fornecimento ilegal de serviços de TV a cabo (“gatonet”), gás e transporte alternativo. A promessa dessas vantagens teria sido detalhada por Lessa em depoimento à Polícia Federal.

O relatório da PF destacou a “torpeza” das condutas dos envolvidos e sua ligação direta com a promessa de recompensa, indicando que a implementação e o comando de um grupo paramilitar em uma grande extensão de terras vinculada à família Brazão estariam envolvidos no caso.

Segundo o depoimento de Lessa, ele e outro suspeito, conhecido como Macalé, receberiam uma grande extensão de terras que os irmãos Brazão estavam planejando invadir para promover o parcelamento do solo e a posterior revenda dos lotes. Além do valor financeiro envolvido, o atrativo maior estaria na exploração dos serviços típicos de milícia na região.

Os suspeitos foram presos no Rio de Janeiro e posteriormente transferidos para Brasília, onde passarão a noite na penitenciária federal. Ainda não foi informado para qual presídio cada investigado será transferido, mas as autoridades de segurança afirmaram que eles serão levados para unidades de segurança máxima em Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS).

A Operação Murder Inc. revela um desdobramento importante na investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, demonstrando a complexidade do esquema e a participação de figuras importantes no cenário político e policial do Rio de Janeiro.

Fonte: R7

Artigo anteriorÓrgãos públicos combatem garimpo ilegal no Amazonas
Próximo artigoMaradona é brutalmente assassinado no Zumbi dos Palmares

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui