Produtores rejeitam R$ 80 milhões e querem saída de índios de terras

O impasse envolvendo a Reserva Indígena Buriti, área de 15 mil hectares palco de conflito entre produtores rurais e índios em Sidrolândia (MS)
O impasse envolvendo a Reserva Indígena Buriti, área de 15 mil hectares palco de conflito entre produtores rurais e índios em Sidrolândia (MS)
O impasse envolvendo a Reserva Indígena Buriti, área de 15 mil hectares palco de conflito entre produtores rurais e índios em Sidrolândia (MS)

O último valor oferecido pela União aos produtores foi R$ 80 milhões, valor menor do que os R$ 130 milhões, incluindo R$ 124,5 milhões das terras e R$ 5,5 milhões de benfeitorias, valor presente no laudo paralelo produzido por uma empresa privada contratada pelos produtores.
Na primeira reunião de hoje, o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, representará os produtores em encontro com o assessor especial do Ministro da Justiça, Marcelo Veiga. No período da tarde, outro encontro será feito com o ministro Miguel Rossetto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams e o presidente nacional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Carlos Guedes de Guedes.
Ainda segundo os produtores, se não for oferecido o valor pedido pelos ruralistas, eles prometem retomar ações na Justiça Federal e enquanto os processos são julgados, pedirão reintegração de posse imediata dos 15 mil hectares envolvidos no conflito.
Em agenda pública nesta quarta-feira (18), o governador André Puccinelli (PMDB) ressaltou a importância de elevar o valor oferecido pela União. Segundo ele, o aumento de R$ 2 milhões ofertados na última rodada de negociações é “deboche”.
“Os últimos julgamentos não reconhecem a terra como indígena e a área tem que ser mais valorizada. Não acho que é má vontade e sim incompetência. Os métodos que estão sendo usados são técnicos, então esse valor precisa ser maior”, diz Puccinelli que afirma ainda que já entrou em contato com ministros envolvidos na negociação e que pediu revisão do valor.
Impasse – Conforme já divulgado pelo Campo Grande News, há uma cobrança da presidente Dilma Rousseff (PT) para que o caso seja resolvido de forma rápida. As negociações duram mais de um ano, e no dia 31 de junho vence o prazo para que o pagamento seja incluído nos precatórios e o dinheiro saia em 2014. Caso contrário, só em 2015.
De um lado, os produtores rurais não abrem mão dos R$ 124 milhões, apresentados no laudo elaborado por uma empresa particular. Do outro, o Incra, autor do estudo que estipulou a indenização, inicialmente, em R$ 78 milhões que, em seguida, subiu para R$ 80 milhões, após negativa da classe produtiva.
(Campo Grande News)


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