Qual treino gasta mais calorias após o exercício?

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Pesquisa mostra que combinar estratégia de treino favorece o consumo de calorias pelo organismo; entenda


Emagrecer é um dos principais benefícios de quem se dedica à prática regular de exercícios físicos. No entanto, para chegar ao resultado ideal e saudável para o organismo, consumir menos calorias e gastar mais calorias durante os treinos é o melhor caminho. Mas não apenas isso.

De acordo com o estudo “Magnitude e duração do excesso de consumo de oxigênio pós-exercício entre o intervalo de alta intensidade e o exercício contínuo de intensidade moderada: uma revisão sistemática”, combinar estratégias ao se exercitar pode gerar mais gasto calórico, promovendo maior variação de estímulos e aumentando o resultado. Dessa forma, um programa intervalado que mescla treino de pernas, cardio e de braços, por exemplo, pode render resultados mais satisfatórios do que as modalidades focadas em apenas uma parte do corpo.

A pesquisa, feita pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, revisou sistematicamente 22 artigos sobre a queima de calorias. Sendo publicado na revista Obesity Reviews, o estudo mostrou que o chamado sprint interval training (SIT), ou treino intervalado, resulta em mais gasto calórico posterior que o exercício contínuo em baixa ou moderada intensidade e gera resultados ainda mais satisfatórios que o exercício intervalado (HIIE) de alta intensidade, mas com períodos de pausa.

Todo treino auxilia na perda de calorias, mas há exercícios que estendem esse ganho após as atividades. Segundo os pesquisadores, a resposta continua após o fim do exercício porque o organismo busca o reequilíbrio acelerando o metabolismo. “Após o exercício, vários sistemas fisiológicos continuam em funcionamento, principalmente para restabelecer a homeostase corporal, buscando repor estoques de glicogênio muscular, que podem ter sido usados durante o exercício, regular a temperatura corporal e remover metabólitos e subprodutos do metabolismo”, esclarece o professor Emerson Franchini, que participou da pesquisa.

Até três horas após a atividade, em relação ao exercício contínuo, o SIT teve gasto médio 137,5% maior, e o HIIE, 37,5% maior. “O exercício contínuo frequentemente não é realizado na mesma intensidade, dado que não é possível manter essa intensidade por um período prolongado. É justamente em decorrência deste aspecto que se utiliza o exercício intervalado de alta intensidade, pois os períodos de intervalo permitem que a pessoa se recupere (parcial ou totalmente) e retome a intensidade mais elevada”, afirma o pesquisador.

No entanto, isso não quer dizer que o treino intervalado SIT seja o melhor para quem busca o maior consumo energético total, pois se trata de um exercício de curta duração. A melhor prescrição de exercício deve levar em conta também o gasto calórico durante a sessão. “O exercício contínuo pode ser realizado por horas por ser feito em menor intensidade, ao passo que o HIIT leva de 20 a 50 minutos. Portanto, a combinação de diferentes tipos de exercícios pode ajudar a aumentar o gasto calórico via mecanismos distintos”, diz Franchini.

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