Rodoviários reagem à decisão do TST e sistema vai parar a partir das 04 horas

O Sindicato não vai permitir a exploração da dupla função para os motoristas - foto: Gabriel Guimarães

Inconformados com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de autorizar a demissão de algo em torno de 4 mil cobradores de ônibus em Manaus, o Sindicato dos Rodoviários do Amazonas resolveu reagir e não vai permitir que os ônibus saiam sem cobradores das garagens, a partir das 4 horas da manhã deste sábado (05).


Diretores do Sindicato dos Rodoviários, cobradores e motoristas resolveram engrossar o caldo da decisão que eles consideram um ‘estupro praticado pela justiça do trabalho’ próximo do final do ano e dentro das festas natalinas e, vão madrugar nas portas das garagens para barrar ônibus sem os cobradores.

Garagens fechadas

Para o presidente da Categoria, Josenildo Mossoró, a cidade pode amanhecer sem ônibus, mas tudo vai depender dos empresários. De acordo com ele, não justifica os empresários receberem mais de R$ 13 Milhões/Mês de incentivos para manterem o sistema funcionando e querer demitir os que arrecadam dinheiro para as empresas, no caso, os cobradores.

“Não permitiremos que os ônibus saiam das aragens sem cobradores”, reforça o presidente interino da categoria. Ou seja, a cidade vai amanhecer sem transportes até quando abrirem para negociações com os representantes da categoria.

Lomam

“A Lomam (Lei Orgânica do Município) garante o direito aos cobradores de permanecerem nas suas funções”, sinaliza o vereador Jaildo de Oliveira (PCdoB), ao citar a Lei Municipal que proíbe ônibus dos transportes urbanos de circularem sem o Cobrador, de sua autoria.

De toda forma, os únicos penalizados nessa decisão do TST são os 4 mil trabalhadores, pais de famílias, que tem o desprazer de perder o emprego, justo no período natalino.

Vereador Jaildo de Oliveira disse que nem ele e nem o Sindicato vão ficar parados diante da maldade dos empresários e do TST – foto: arquivo CMM

Vereador

Na quarta feira (09) o vereador Jaildo vai questionar a demissão dos cobradores na Tribuna da Câmara de Vereadores de Manaus (CMM). Ele vai solicitar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito dos Transportes) para investigar onde está indo o dinheiro do subsídio, o dinheiro da bilhetagem, e para onde está indo o dinheiro dos 40% de incentivos avaliado em R$ 13 milhões por mês.

Jaildo disse que não dá para admitir as empresas alegarem que são os cobradores que causam despesas ao sistema. “Eles podem até rodar sem os cobradores, mas não podemos admitir demissões de nenhum funcionário”, acentua ele.

Ônibus novos da Eucatur só vão rodar com se tiver cobradores, garante o Sindicato – foto: recorte/Rede sociais
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