RR: número para registro de denúncias de exploração sexual não funciona

Na data em que se lembra o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil, 18 de maio, um grupo de jovens em Boa Vista constatou que o disque 100, número utilizado para denúncias contra pedofilia e outros tipos de violência em todo o País, não funciona em Roraima. Nas estatísticas disponíveis no site, não aparecem dados relacionados ao Estado.


O farmacêutico Jefferson Ramos, membro de um grupo de jovens de uma igreja evangélica, relatou que elaborou uma programação em alusão ao Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil e se surpreendeu ao verificar que não existiam dados sobre Roraima no site da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

“No site é possível verificar dados de todos os Estados, menos de Roraima. Isso é uma pena, pois não temos como saber a real situação das crianças exploradas sexualmente em nosso Estado”, declarou.

A acadêmica de direito Jéssica Rodrigues também faz parte do grupo de jovens e relatou que ao ligar para o disque 100 as ligações não completam. “As pessoas são obrigadas a procurar outras alternativas para registrar denúncias deste tipo. Pretendemos fazer um trabalho para divulgar as outras opções que temos a disposição”, afirmou.

Em Roraima, a pessoa que deseja registrar denúncias de exploração sexual devem ligar para o 190, número de emergência da Polícia. “Todo caso de exploração sexual que é denunciado, passa por uma delegacia, pois deve ser feito um Boletim de Ocorrência para formalizar a denúncia”, frisou.

Além do 190, denúncias podem ser feitas em qualquer Conselho Tutelar, Delegacias Especializadas ou comuns, Ministério Público da Infância ou Juventude, Defensoria da Infância, Polícia Militar, Polícia Federal e Rodoviária Federal. “O que não podemos é compactuar com este tipo de crime, pois as vitimas ficam marcadas e com sequelas para o resto da vida”, disse a estudantes.

Para conscientizar a sociedade o grupo de jovens realizou uma encenação em um semáforo da capital. “Nós distribuímos folhetos e mostramos cartazes com mensagens contra a exploração sexual infantil. Nesta segunda-feira, dia 18, iremos realizar uma mesa redonda na Escola Estadual Mário David Andreaza, no bairro Caimbé, para debater o tema”, declarou.

(FolhaBV)

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