Rússia faz lista com políticos proibidos de entrar no país

Putin anuncia lista/Foto: Reuters

A Rússia entregou hoje, sábado, à embaixada da União Europeia (UE), em Moscou, uma lista com os nomes das 89 pessoas que estão proibidas de entrar no país, o que causou um grande mal-estar diplomático no continente europeu.


Um porta-voz da representação diplomática da UE confirmou a entrega à agência oficial RIA Novosti e acrescentou que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia não explicou os motivos pelos quais as pessoas foram incluídas na relação.

A Comissão Europeia informou ontem sobre a existência de uma lista negra de personalidades da comunidade europeia que já estão proibidas de entrar em território russo.

De acordo com a imprensa europeia, figuram entre os nomes o ex-primeiro-ministro da Bélgica, Guy Verhofstadt, e os eurodeputados da Bélgica, Mark Demesmaeker, e da Holanda, Hans van Baalen. Outros que estão na relação são o ex-vice-primeiro ministro do Reino Unido, Nick Clegg, e o filósofo francês Bernard-Henry Levy.

A listra negra russa é formada, em grande parte, por políticos dos três países bálticos – Lituânia, Letônia e Estônia – e da Polônia, os principais críticos da anexação da Crimeia e da ingerência russa no conflito da Ucrânia.

O escândalo foi revelado na sexta-feira, quando a Rússia impediu a entrada de Verhofstadt no país. O belga é atual líder do grupo dos liberais no parlamento Europeu.

Sobre a lista, um porta-voz da União Europeia afirmou neste sábado que a medida é “totalmente arbitrária e sem justificativa”. “A lista, de 89 nomes, foi divulgada por autoridades russas. Não temos nenhuma informação sobre a base legal, os critérios e o processo que levou a esta decisão”, completou.

O presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou hoje que pedirá explicações ao embaixador da Rússia na EU sobre o caso. Schulz disse que a lista é inaceitável e será interpretada como uma represália contra as sanções adotadas contra cidadãos russos e ucranianos pró-Rússia, como o congelamento de ativos bancários e rejeição de vistos.(Terra/EFE)

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