Sargento que matou vizinho disse que perguntou, depois de atirar, se ele estava armado

Durval Teófilo Filho foi morto por militar em São Gonçalo Foto: Foto: Reprodução / Agência O Globo

O sargento da Marinha que matou um vizinho com três tiros ao confundi-lo com um assaltante disse à polícia que, depois de fazer os disparos, saiu do carro e perguntou ao homem se ele estava armado. Nesse momento, já caído no chão, o repositor de supermercado Durval Teófilo Filho chegou a dizer que também era morador do condomínio. O caso ocorreu no fim da noite da última quarta-feira no bairro do Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.


Ainda no depoimento, Aurélio Alves Bezerra alegou que atirou antes de sair do carro porque percebeu que o homem que se aproximava mexia em algo próximo à cintura que ele desconfiou ser uma arma. O próprio sargento confirmou à polícia que tinha pouca visibilidade, já que as janelas do carro, um Celta preto, são cobertas por uma película escura e estava chovendo. Apesar de afirmar que estava com a visão comprometida, Aurélio disse também que decidiu atirar porque estava armado e, caso não se antecipasse, poderia ser baleado. Os três tiros foram disparados de dentro do carro, que estava com as janelas fechadas.

Em imagens do caso, obtidas pelo GLOBO, é possível ver o clarão de três disparos de dentro do carro do sargento Aurélio no momento em que Durval se aproxima da entrada do condomínio. Atingido, ele cai no chão e se arrasta gesticulando. Nesse momento, o Sargento Aurélio sai do carro, aponta a arma e vai em direção vítima. Ele se aproxima e parece falar algo com Durval e retorna ao veículo.

Depois do crime, Aurélio socorreu Durval e o levou ao Hospital Estadual Alberto Torres, também em São Gonçalo. O sargento afirmou que retornava de viagem e que ficou parado por cerca de cinco minutos em frente ao portão do condomínio, onde não conseguiu entrar por estar com o controle quebrado. Enquanto tentava resolver o problema, avistou um homem se aproximando do seu carro rapidamente. Aurélio não o reconheceu, supôs que estava armado e atirou contra a vítima. O militar foi preso em flagrante e está na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.

O Globo

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