Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz) informou que demitiu o professor que havia perguntado a uma estudante de medicina se levaria consigo “um vidro de lubrificante quando fosse estuprada”.
Durante uma aula de intubação de pacientes, uma aluna do curso de medicina do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz) foi questionada por seu professor se levaria consigo “um vidro de lubrificante quando fosse estuprada?”.
A pergunta foi feita diante da dificuldade da aluna em realizar o procedimento e foi gravada e compartilhada nas redes sociais. A universidade emitiu um comunicado informando que o docente não faz mais parte do quadro de profissionais.
O caso ocorreu em 17 de novembro e viralizou nas redes sociais na última quinta-feira (25). Movimentos que atuam na defesa dos direitos das mulheres realizaram diversos atos de repúdio, cobrando punição do agressor.
Entre as pessoas que compartilharam o vídeo como forma de repúdio está a ex-candidata à prefeitura de Porto Alegre, Manuela d’ávila (PSOL). “O estupro ali, naturalizado, rotineiro como de fato é na sociedade brasileira. Quando nós falamos que o Brasil é um país que odeia mulheres, não falamos que não somos amadas por nossos maridos, namorados ou pais. Falamos que os números nos mostram que as mulheres, assim no plural, são vítimas de diversas violências nesse país que é campeão de feminicídios, por exemplo”, disse.
Catarina Barbosa, Brasil de Fato
Isso aconteceu durante uma aula. O estupro ali, naturalizado, rotineiro como de fato é na sociedade brasileira.
Quando nós falamos que o Brasil é um país que odeia mulheres, não falamos que não somos amadas por nossos maridos, namorados ou pais. (+) pic.twitter.com/dpRWO5C7x6— Manuela (@ManuelaDavila) November 26, 2021