Vereador preocupado com Mutirão Carcerário que já liberou mais de 400 presos, em Manaus

Vereador coronel Gilvandro Mota/Foto: Tiago Corrêa

O mutirão carcerário criado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), em parceria com outros órgãos, que liberou mais de 400 presos provisórios do Sistema Penitenciário de Manaus, preocupa o vereador Coronel Gilvandro Mota (PTC).  Para ele, se esses presos estavam aptos à liberdade e com segurança, por que não forma soltos antes do colapso nas cadeias públicas?.
“A medida perece-me uma tentativa, precipitada, de amenizar a tensão nos presídios, porém toda essa pressão, insegurança e terror será transferido para a população, principalmente àquelas pessoas que não moram em condomínios, que dependem do transporte coletivo, comerciantes, estudantes e trabalhadores em geral”, frisou o parlamentar.


Vereador coronel Gilvandro Mota/Foto: Tiago Corrêa

A incapacidade do Estado em administrar esse sistema entre tantos outros de sua responsabilidade tem altos custos para a população, com baixos benefícios. “Não precisa ser nenhum especialista em ressocialização de criminosos para saber que é impossível reeducar delinquentes em celas com mais de dois indivíduos, e ainda, sem que sejam submetidos a atividades laborais, estudos e outras medidas disciplinares que a legislação já prevê”,  ressalta o vereador.

“O recluso precisa ser submetido a avaliação criminológica periódica,  atestando a capacidade do preso de progredir no regime prisional. Neste caso, penso que a legislação precisa ser ajustada”, acrescentou.

A ressocialização no Brasil é próxima de zero, mas as medidas punitivas aplicadas aos infratores são semelhantes às aplicadas em outros países, cuja a medida é eficaz e com baixo índice de reincidência.

“Não seria mais seguro, lógico e prudente  minimizar a tensão enfrentada pela  sociedade, que está insegura, com medo, e ela sim vivendo em prisões domiciliares decorrentes da incompetência do Estado que não é capaz de garantir nem segurança pública,  nem ressocialização?”, disse.

“Meu apelo às autoridades em todas as esferas é que sejam feitos investimentos no sistema de segurança pública urgente e com recursos deslocados exclusivamente como medida emergencial para aparelhar as policias brasileiras de modo geral e valorizar o policial, que hoje, já trabalha pelo idealismo, coragem e vontade de socorrer uma sociedade que vive sofrendo brutalmente com a violência e insuportavelmente com essa crise econômica criada pelo próprio governo”, concluiu.

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