Vereador quer que SMTU explique não cumprimento de metas para o sistema de transporte

Vereador Waldemir José (PT)/Foto: Tiago Correa
Vereador Waldemir José (PT)/Foto: Tiago Correa
Vereador Waldemir José (PT)/Foto: Tiago Correa

Por conta da manifestação realizada, na tarde de quarta-feira (03), contra a possibilidade de um reajuste na tarifa de ônibus de Manaus, o vereador Waldemir José (PT), cobrou a tramitação do Requerimento nº 3.402/14, de sua autoria, que solicita a presença do titular da Superintendência Municipal de Transporte Urbano (SMTU), Pedro Carvalho, para explicar os motivos que levaram ao não cumprimento das metas estabelecidas para 2013 e 2014, no que se refere à mobilidade urbana.

“O reajuste da tarifa não pode ser visto como algo natural ou uma regra que deve ser cumprida todos os anos. A medida é uma decisão política que deve ser tomada com responsabilidade. É preciso dar transparências nas planilhas para que a sociedade saiba o valor real da tarifa”, disse Waldemir José, chamando atenção para o fato de que o preço da tarifa foi a principal reivindicação das manifestações de junho do ano passado.


Ele lembrou, também, que recentemente fez uma fiscalização nas estações de ônibus da cidade e constatou que as empresas estão lucrando acima do normal e não estão cumprindo com sua parte no contrato, uma vez que no preço da tarifa está previstos valores para manutenção e renovação de frota, mas os ônibus continuam ‘velhos e quebrados’. “Fiscalizei 4 empresas, 22 linhas de um total de 230 e constatei que a população paga muito caro por ônibus novos, com elevadores e com pneus novos, mas nada disso encontramos no transporte público de Manaus, pelo contrário, encontra-se ônibus velhos, com pneus carecas, elevadores quebrados e, mesmo assim, a Prefeitura quer aumentar o valor da tarifa dando mais lucros às empresas em detrimento da população”, afirmou Waldemir.

Além disso, comentou o parlamentar, a Prefeitura e o Governo do Estado pagam mensalmente às empresas de ônibus compensações no valor de R$ 2 milhões e ainda têm os incentivos do Governo Federal que zerou a cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins) das empresas de transporte, mas isso, aparentemente, não é suficiente para os empresários do setor.

Para tentativa de impedir esse aumento ‘abusivo’, Waldemir anunciou que também irá ao Ministério Público do Estado (MPE) entrar com representação para condicionar qualquer aumento da tarifa do transporte ao atendimento das empresas ao cumprimento do contrato de concessão e espera que seu requerimento seja aprovado o mais breve possível.

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