Vetado pelo PDT, para onde vai Arthur Neto e o seu PSDB?

Arthur Neto terá de lidar com a forte rejeição ao seu partido, no Amazonas - foto: divulgação

O prefeito Artur Neto (PSDB) que apoiou o atual governador na eleição suplementar em 2017, dando a Amazonino, no primeiro turno, cerca de 318.182 votos, trocou o elogio pro críticas logo depois a eleição e, depois as críticas por elogios por causa da possiblidade de arrecadar alguns milhões para o caixa da prefeitura, agora está sendo forçado a seguir em outra direção.


A parceria entre Arthur Neto e Amazonino Mendes quase decolou depois de uma longa conversa na casa do desembargador Flávio Pascarelli, há aproximadamente 15 dias atrás. O prefeito saiu da reunião animado com a possibilidade de conseguir o convênio de R$ 150 milhões para recuperação do sistema viário de Manaus e, cargos e secretarias no governo tampão. De imediato, trocou as críticas por declarações de ‘amor eterno’ a Amazonino.

Arthur Neto terá de lidar com a forte rejeição ao seu partido, no Amazonas – foto: divulgação

Mas, para azedar as relações bastou a direção nacional do PDT manter o veto à aliança entre o PSDB e o PDT, para que os afagos se transformassem em críticas novamente. Amazonino bem que insistiu, mas a direção nacional do PDT foi bem clara: se o governador tampão insistir com a aliança com Arthur, ele próprio estará fora da convenção partidária agendada para o próximo dia 29 de julho, em Manaus.

Vazando água

Depois que a parceria ‘vazou água’, o prefeito voltou a se aproximar do pré-candidato, o senador Omar Aziz (PSD). Nesta sexta-feira (20), tiveram uma longa conversa, mas não confirmaram aliança. Na eleição suplementar 2017, de Amazonino, eles foram os principais articuladores para tirarem o “pijama” do governador tampão.

Entretanto, as portas estão se fechando para Arthur no PSD. A oferta do prefeito, parece, não está interessando à executiva do partido do senador Omar Aziz. Arthur quer uma fatia do bolo desproporcional ao seu tamanho político no Estado, hoje. A ideia de emplacar o seu filho, Arthur Bisneto como vice na chapa de Omar, não está agradando a ninguém.

Outra possibilidade é a aliança com David Almeida (PSB). As conversas ainda não são oficias, mas podem indicar o vice-prefeito Marcos Rotta como pré-candidato a vice na chapa de David Almeida. Assessores do pré-candidato negam. De acordo com eles, o prejuízo eleitoral, na hipótese de uma aliança entre PSDB com o PSB no Estado, David Almeida sofreria um grande desgaste e, certamente, amargaria uma derrota antecipada.

No limite, o prefeito tem a opção de lançar Marcos Rotta (PSDB) candidato a governador, com o projeto de eleger um deputado federal. Pode ser Arthur Bisneto, que após eleito voltará para prefeitura deixando a vaga para o(a) primeiro suplemente, que poderá vir a ser a atual deputada federal Conceição Sampaio. Conjecturas à parte, o certo é que Arthur Virgílio Neto se transformou em um ‘corpo estranho’ nesse processo eleitoral 2018.

Mas, como se costuma dizer no Amazonas, ainda há muita água para passar por baixo dessa ponte.

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