Um vídeo ganhou repercussão nas redes sociais ontem, sexta-feira (08) no Acre. As imagens mostram a briga de duas estudantes, com 13 anos cada, do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental e Médio 15 de Junho, localizada no município de Senador Guiomard, distante 24 km de Rio Branco. De acordo com a direção da escola, a briga ocorreu por volta das 12h00 de quinta-feira (07). O vídeo foi gravado com um celular de outro aluno, também do colégio.
A discussão das meninas ocorre enquanto vários outros estudantes assistem e a briga se inicia após uma delas ser empurrada. A aposentada Rosa Martins, de 53 anos, mãe de uma das meninas, conta que a filha chegou em casa arranhada, mas não quis dizer o que tinha ocorrido. Depois da ligação da diretora da escola é que ficou sabendo da briga.
“Minha filha sempre chegava reclamando que havia uma menina que ficava soltando piada e eu sempre dava conselho para ela procurar a direção. Achei a atitude da minha filha errada, porque ela brigou, até porque eu nunca fui chamada na escola pra nada. Eu dei uma chamada nela, conversei com a outra mãe, e fiz minha filha pedir desculpas”, diz.
Rosa diz que a filha está bem, mas reclama de uma dor na costela. “Ela está bem, só está sentindo uma dor na costela, por causa de um chute. Na segunda-feira [11], eu vou levá-la no médico”, acrescenta.
De acordo com a mãe da outra envolvida, que preferiu não se identificar, a briga teria começado após um xingamento. Ela diz que também foi a primeira vez que algo assim ocorreu com a filha, que não se machucou.
Nas imagens, é possível ouvir alguns alunos falando a respeito de uma faca. No entanto, a mãe nega a existência da arma nas coisas da filha. “Uns que estava fora perguntaram para a minha filha de uma faca, mas não é verdade que ela tenha uma. Minha filha não anda com isso, eu olho a bolsa dela”, afirma.
Apesar de todos, nas imagens, estarem fardados, a diretora da escola, Liviane Maia, esclarece que nada ocorreu nas dependências da escola, nem em horário de aula, que vai 7h às 11h15. “Aconteceu fora da escola, numa rua lateral, após o término da aula”, afirma.
Liviane diz que, para tentar resolver a questão, uma reunião com os pais das envolvidas e o Conselho Tutelar ocorreu ainda na manhã desta sexta-feira (8). “As alunas foram suspensas da aula por dois dias. O Conselho Tutelar já conversou com a turma, porque quem gravou foi aluno, do qual também já acionamos os pais”, acrescenta.
A diretora ressalta que faz parte do planejamento da escola o trabalho de conscientização dos estudantes para evitar esse tipo de caso. “Trabalhamos constantemente com palestras para evitar a violência e temos também um projeto em prol da paz. Tentamos conscientizar, mas nem sempre os efeitos aparecem como o desejado”, finaliza.
