O serviço municipal de saneamento básico, especialmente, o relacionado à coleta de lixo e manejo de resíduos sólidos, foi tema de audiência pública, na Comissão de Legislação Participativa, convocada pelo vereador Professor Bibiano (PT), e que contou com aproximadamente 50 participantes.
O subsecretário da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), Eisenhower Campos, destacou que a previsão orçamentária para o tratamento de resíduos sólidos o trabalho do catador, essencial para a limpeza urbana, é sempre destacado. “Temos brigado bastante para esse grupo de trabalhadores para que seja sempre incentivado”, defendeu.
De acordo com a presidente local do Movimento Nacional de Catadores, Irineide Lima, o maior problema hoje é a falta de mais locais para a separação do lixo coletado. “O atual prefeito alugou quatro galpões, somos gratos, mas precisamos ao menos de mais dois porque é muito lixo coletado”.
Segundo Eisenhower, a conscientização das pessoas para a manutenção da limpeza da cidade deve ser sempre levada em conta. Os números, segundo ele, são muito grandes para a responsabilidade ser só em cima do poder público: são 80 mil toneladas de lixo por mês com 1,5 mil catadores, em três turnos de limpeza. “Na Avenida Brasil, por exemplo, tem limpeza em três turnos, e há lixo nesses três turnos. É que infelizmente há pontos de lixeiras viciadas geradas por nós mesmos, que precisamos de mais consciência de zelo ao bem público”.
Para o coordenador da Central de Movimentos Populares, Miguel Brantes, Manaus infelizmente tem caminhado cada vez para lugares piores no ranking das cem maiores cidades em nível de saneamento básico, feito pelo Ministério das Cidades. “Éramos a 82ª cidade no ranking em 2012, em 2015 ficamos no 97º lugar e tudo caminha para no fim do ano estarmos em último lugar, e não estou sendo pessimista”.
