Flávio Bolsonaro é um ‘retar-dado’ querendo desempregar trabalhadores na ZFM, diz presidente da CUT-AM

Senador Flávio Bolsonaro (PL) - foto: recorte

A Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), quer entender em qual ponto da história que o senador Flávio Bolsonaro (PL) estacionou no tempo, para desenterrar o projeto Vale do Silício e o que é pior, torcer para o desemprego de centenas de milhares de trabalhadores na Zona Franca de Manaus (ZFM) e em todas as regiões do País.


Traduzindo o que o senador do PL disse quando votou contra a PEC da Reforma Tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na terça feira (07) (vídeo): “Manaus tem que ser um novo ‘Vale do Silício’ e o restante do Brasil uma Argentina. Já que todas as indústrias vão para a Zona Franca de Manaus (ZFM) por causa do custo baixo de produção e, serão incentivadas pela matéria prima do Amazonas. Isso pode causar desemprego no Brasil inteiro, exceto no Amazonas”.

Filho 01

A fala desastrosa e inconsequente do filho 01 do homem que ocupou a cadeira de presidente da República na gestão passada, é vista pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e da CUT-AM, Valdemir Santana, como opinião de quem desconhece a Amazônia, o Brasil e as tecnologias existentes na atualidade, na Zona Franca de Manaus.

“Flávio Bolsonaro é um ‘completo retardado’, ao ponto de desejar que o Brasil vire uma economia falida, com desempregos em todos os estados da Federação. O representante da extrema direita, do (PL) de Jair Bolsonaro, está, na verdade, tentando desestabilizar a economia do Estado, quando enaltece um programa do século passado, que não tem mais espaço nas indústrias dos eletroeletrônicos do Amazonas.

Ou seja, Valdemir Santana afirma que se os amazonenses insistirem em votar nos candidatos do PL, é o mesmo que torcer para o Amazonas perder mais de 120 mil trabalhadores diretos no Amazonas e próximo de 900 mil em todo o Brasil. Um posto de trabalho no Amazonas emprega sete nos outros estados do Brasil.

Valdemir Santana e a presidente da SRT, Francinete Lima – foto: Joab Ribeiro

Na íntegra, a fala de Valdemir Santana Santana

“Esse senador, imbecil não sabe nem o que é Vale do Silício. Ele tem que estudar, se informar antes de falar de temas que ele não conhece. Ele tem que entender que nos sete estados da Amazônia existem mais de 25 milhões de habitantes.

Tem que estudar para saber que o Polo Industrial de Manaus (PIM), que é incentivado, foi criado para atender todos os estados da Amazônia, e que é esse polo industrial que garante a Amazônia, que garante a preservação dos 27% da Água Doce do mundo. Ele não sabe nem onde fica o Amazonas. Nunca veio ao Amazonas. Mas, ele é filho de quem tentou acabar com a Zona Franca de Manaus (ZFM), por isso continua com essas ideias de jerico.

A CUT é contra a exploração mineral no Estado, contra a exploração do Ouro nas Terras Indígenas. A população do estado não precisa explorar ouro que só trás devastação e doenças. Quem compra ouro é a elite, estrangeiros, que não investem no caboclo, nos ribeirinhos. Por isso somos contra.

Então, o filho do Bolsonaro, que queria ser embaixador do Brasil nos EUA, tem que começar a estudar, conhecer melhor o Brasil antes de falar besteiras e não incentivar o desemprego igual ao pai dele que deixou 17 Mil trabalhadores sem seus postos de trabalho no Amazonas e próximo de 70 Mil em todo os Brasil, em função dos empregos perdidos no Polo Industrial de Manaus”.

Empregos no PIM

Por outro lado, o presidente da CUT, Valdemir Santana, lembra que o PIM emprega mais de 115 mil trabalhadores, diretos, e próximo de 70 mil indiretos. Emprega mais trabalhadores no Sul do País, do que em Manaus.

Na atualidade, o que se fabrica no PIM, se fabrica em outras regiões do Brasil. O trauma dos filhos do Bolsonaro é porque o Zona Franca de Manaus foi prorrogada até 2070, pelos primeiros governos de Lula e da presidenta Dilma Rousseff, enquanto as ações dele foi para a destruição das indústrias do Estado.

Santana diz que por sorte, o partido Solidariedade, do então deputado Paulino da Força Sindical, e os senadores Omar Aziz e Eduardo Braga foram os que entraram com ações no Supremo, com o ministro Alexandre de Moraes garantindo os incentivos para a ZFM. Do contrário, as indústrias teriam deixado o Estado no governo bolsonarista e, sem volta.

Suframa

Hoje, o superintendente da Suframa, Bôsco Saraiva, está tendo um papel fundamental no equilíbrio administrativo da autarquia e na divulgação do potencial social, econômico e de desenvolvimento regional desenvolvido pela instituição em nível nacional.

“Bôsco Saraiva está defendendo o Polo Industrial de Manaus, fora do Amazonas. Foi o partido dele, que entrou com ação em defesa do PIM. Agora o Senado ratifica a ação, com a reforma tributária, aprovada nesta terça feira (07), pelos senadores”, finaliza.

Assista Flávio Bolsonaro lendo texto, do qual o conteúdo ele desconhece:

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