O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, nesta quarta-feira (18), 22 pessoas suspeitas por lavagem de dinheiro, na região central de São Paulo. A denúncia ocorre no âmbito da chamada Operação Nian, deflagrada em outubro do ano passado.
De acordo com o MPSP, os suspeitos utilizavam contas abertas de pessoas jurídicas que ocultavam suas rendas, conhecidas como “laranjas”, e transferiam os valores para empresas de fachada vinculadas aos integrantes da organização criminosa.
Desde o final de outubro do ano passado, os integrantes eram investigados por prática de crimes patrimoniais, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas e munições.
Esquema
Segundo o Ministério Público, as vítimas eram induzidas a comprar produtos que deveriam ser revendidos e que geravam uma suposta comissão. No entanto, quando as pessoas solicitavam o resgate do “salário”, os suspeitos interrompiam o contato.
À época do início da operação, a estimativa da Polícia Federal (PF) era de que a organização criminosa teria arrecadado aproximadamente R$ 4 milhões com as fraudes em apenas dois meses – de abril a junho de 2022.
O MPSP ainda afirma que entre as falsas empresas usadas nos golpes algumas eram registradas para o comércio de roupas, transporte de cargas ou mesmo venda de armas. A organização também era financiada por meio da fabricação e venda de perfumes e cosméticos falsificados.
As investigações apontam que um dos suspeitos chegou a movimentar mais de R$ 23 milhões no período em que teve sigilo bancário quebrado, enquanto outro utilizava um automóvel de luxo registrado em nome de uma das pessoas jurídicas.
Fonte: CNN Brasil