Ratificação do acordo com o BRICS é necessária e com urgência, diz CNI

Reunião do acordo BRICS/Foto: Reuters
Reunião do acordo BRICS/Foto: Reuters
Reunião do acordo BRICS/Foto: Reuters

Acordo para a criação de um banco de fomento aos investimentos públicos nos cinco países do grupo foi assinado em 15 de julho de 2014. Mas, pouco foi feito para implementar a nova instituição
É essencial que os governos dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) acelerem o processo de ratificação e de implementação do acordo que institui o novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS. Esse é o entendimento do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. No Brasil, o Tratado ainda precisa ser aprovado pelo Congresso.


O presidente da CNI participou, nesta terça-feira, 10 de fevereiro, em Brasília, da abertura da reunião do Conselho Empresarial dos BRICS, ao lado do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, e do presidente do Conselho, José Rubens de La Rosa. O encontro reúne 25 grandes empresários, cinco de cada país, para discutir a agenda do setor produtivo que será levada à reunião dos presidentes dos BRICS, em 9 e 10 julho, em Ufa, na Rússia.

A pressa do setor privado pela implementação rápida do acordo tem um motivo. A instituição levará até sete anos para estar totalmente capitalizada em US$ 10 bilhões. Segundo o cronograma do acordo, cada um dos cinco países devem subscrever US$ 150 milhões no primeiro ano, US$ 250 milhões no segundo ano, US$ 300 milhões no terceiro, quarto e quinto anos, e US$ 350 milhões nos dois anos seguintes. Por isso, o quanto antes o banco começar a funcionar, mais rapidamente ele será um instrumento de apoio para estimular os investimentos e apoiar os negócios das empresas de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Para a CNI, o novo Banco de Desenvolvimento deve, desde sua criação, financiar projetos privados, por meio de empréstimos, garantias e outros instrumentos financeiros. Esse seria o caminho mais eficiente para consolidar a agenda de longo prazo dos BRICS. “A mobilização de recursos para projetos públicos e privados de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável é crucial para que possamos avançar nessas áreas afastando limitações financeiras enfrentadas por nosso setor privado”, diz o presidente Robson Braga de Andrade.

O setor empresarial brasileiro também trabalha para que o Banco dos BRICS financie projetos em outros países e não apenas dentro do grupo. Assim, se tornaria em mais uma fonte de financiamento, para desenvolver projetos em terceiros mercados. Além disso, embora a sede do banco seja na China, os empresários brasileiros defendem que o Conselho Empresarial tenha o papel consultivo no Banco de Desenvolvimento e uma filial no Brasil.

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