Não é comum um deputado de primeiro mandato e de um Estado que tem apenas 8 dos 513 deputados federais assumir cargos de relevância na Câmara dos Deputados.
Ainda assim, tive a honra de ser merecedor da confiança do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e da maioria dos líderes partidários, em especial, o líder do meu partido, deputado Wellinton Roberto, para presidir a Comissão Especial da Reforma da Previdência que é a mais importante pauta econômica da Câmara nessa década.
Procurei orientar os trabalhos da comissão pautados na necessária celeridade que garantisse uma resposta rápida ao Brasil, mas também na transparência para que sociedade pudesse acompanhar os trabalhos, e na democracia, garantindo que partidos, acadêmicos, associações, sindicatos, a favor e contra a Reforma, pudessem ser ouvidos, sentindo-se parte do processo decisório.
Procurei criar um ambiente de confiança, dialogando com todos e mediando os trabalhos com isenção e respeito.
Na última quinta (04.07) votamos o parecer final da Reforma que foi aprovada por 36 votos a 13 e que agora vai a Plenário ainda essa semana.
É preciso reconhecer a coragem e iniciativa do governo que enfrentou esse tema tão sensível encaminhando a Proposta de Emenda Constitucional, mas também reconhecer que sem a resistência democrática da oposição não teríamos avançando tanto nos aspectos de proteção social da proposta. Essa contradição entre governo e oposição foi muito bem equilibrada pelos partidos independentes de centro que assumiram o protagonismo de blindar a proposta das crises da política e de serem articuladores de um texto que conquistou a maioria necessária.
Concluídos os trabalhos da Comissão, é hora de ajudar na votação em Plenário, depois virar a página e dedicar toda atenção pra Comissão Especial da Reforma Tributária, na qual serei membro, para proteger a ZFM e a indústria nacional.
*Marcelo Ramos é deputado federal pelo Amazonas
