Central pede fiscalização nos ‘medidores aéreos feitos só para os bairros pobres’

CUT diz que medidores aéreos foram feitos para pobres - foto: recorte/montagem

Tem alguma coisa errada na insistência da operadora Amazonas Energia em só querer colocar medidores aéreos em bairro de classe menos favorecidas, nos bairro pobres das zonas Leste, Norte e parte da Zona Oeste de Manaus.


Na opinião do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), Valdemir Santana, até o dado momento, ninguém ouviu sequer falar que a Amazonas Energia tenha cogitado a possibilidade de instalação destes medidores no Jardim Europa, no Jardim Versalles, nos prédios da Ponta Negra, nos 14 Shopping Center existentes na cidade, nas fábricas do Distrito Industrial, no Vieiralves, nos prédios da classe A+.

Acusando os pobres

Ou seja, a impressão que dá é que a Amazonas Energia está acusando os pobres de fazerem “gatos”, de roubar energia, mas não cita a intervenção que eles fizeram no Jardim das Américas, um condomínio de alto luxo na Ponta Negra, zona Oeste e onde foi encontrado inúmeros ‘gatos de energia’ por todo lado. “Mas quem rouba, na opinião da empresa operadora de energia elétrica, são os pobres”, questiona.

Presidente da CUT Amazonas, Valdemir Santana desafia empresa a apresentar selo do Inmetro – foto: recorte/recuperada

“Por que a Amazonas Energia não coloca medidores nos condomínios dos ricos?, pergunta o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), Valdemir Santana e, ele mesmo responde: rico tem advogado. “Direito dos Consumidores é para todos mas só rico tem advogado para entrar com ação e ganhar, pobre não”.

Incentivo fiscal

De acordo com o sindicalista, já que a Amazonas Energia compra os medidores de indústria que tem incentivos fiscais do Governo, então é necessário que a Secretaria de Fazenda (Sefaz), a Receita Federal e o Procon fiscalize a indústria, a fabricação e a exigência do selo do Inmetro.

A CUT-Amazonas entrou com requerimento para que a industrialização dos medidores aéreos sejam investigada pelos órgãos públicos e as autarquias. Não tem outra forma de resolver o problema.

“As Casas Legislativas também devem cumprir o seu papel de investigadoras dos interesses do povo e não deixar só dois parlamentares ficarem se desgastando, aos gritos, debaixo dos postes, nos bairros”, finaliza.

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